USDA reporta produção recorde de milho e trigo no Brasil
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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realiza até esta quarta (12/04) um seminário sobre duas certificações internacionais para exportação de produtores agropecuários: a Global GAP e a Fairtrade. O evento começou na terça (11/04), de forma virtual.
Na abertura, a assessora de Relações Internacionais da CNA, Rita Padilla, explicou que a capacitação faz parte do Programa Agro.BR, desenvolvido pela Confederação em parceria com a Apex-Brasil para internacionalização de pequenos e médios produtores do agronegócio brasileiro.
O Agro.BR tem escritórios regionais estaduais especializados em comércio exterior na Bahia, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo. A capacitação foi realizada com apoio da consultora Nathália Alves dos Santos, que atende toda a região Centro-Oeste do país.
No primeiro dia, a gerente de projetos do agronegócio, Denise Faria, explicou o conceito, a importância, exigências de mercados, critérios avaliados e a precificação da certificação Global GAP, considerando a referência nos sistemas de Boas Práticas Agrícolas (BPA). De acordo com a especialista, a Global GAP é uma norma que abrange toda a produção.
“Sou uma entusiasta das certificações porque são baseados em critérios imparciais, independente e com objetivos claros. Um processo de certificação faz com que a empresa cresça e se desenvolva em várias áreas”, destaca. Dentre os critérios para alcançar a certificação, é necessário que o produto atenda normas de boas práticas agrícolas, critérios sociais, legislação ambiental e tenha indicadores financeiros.
Denise explica que, para os produtos do agronegócio, as certificações têm suas particularidades. “Os critérios vão desde o campo até o consumidor. Todo esse caminho é avaliado, sendo muito importante ter a rastreabilidade dos produtos. Por isso, não estamos falando de um processo a curto prazo, mas sim de médio e longo prazo. Na safra atual, o produtor deve rastrear o que foi feito e planejar a próxima safra dentro dos critérios”, explica.
Ela também destacou que os benefícios em se ter a certificação são econômicos, com aumento de receita, para comercialização por garantir segurança, além de auxiliar nos processos de gestão e produtividade do empreendimento rural e aumento no uso de tecnologias. “No agro, poucos produtores rurais têm essa certificação. Isso significa um ponto a mais na competitividade e entrada em novos mercados internacionais”, disse a especialista.
Para Denise Faria, as oportunidades para o produtor rural e sua propriedade vão desde a otimização de processos, melhoria de produtividade, engajamento, reconhecimento, até a vantagem competitiva. Entre os desafios, ela citou a cultura, legislação, critérios, recursos financeiros e recursos humanos.
Rita Padilla ressaltou a importância do debate sobre as certificações. “Esse é um assunto que interessa todo empresário que está pensando em exportar. Ao final dessa capacitação, esperamos que os participantes tenham maior entendimento sobre os critérios para adentrar em outros mercados, cada vez mais competitivos mundialmente”, disse.
Nesta quarta-feira (12/04), o seminário abordará a certificação Fairtrade , que é baseada numa relação comercial que busca a equidade conectando produtores a consumidores. A capacitação também será dada pela gerente de projetos do agronegócio, Denise Faria.
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