Produtores da Bahia criam Movimento Invasão Zero para impedir ações de sem-terra
Lideranças do setor produtivo baiano se reuniram com o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), cotado para presidir CPI do MST
09.05.2023 | 16:23 (UTC -3)
Assessoria de Comunicação Deputado Federal Zucco
Produtores rurais da Bahia foram recebidos, nesta terça-feira (09/05), no gabinete do deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), em Brasília. No encontro, as lideranças fizeram um relato sobre a escalada de violência no campo por conta da invasão de propriedades privadas. Por falta de forças de segurança e apoio do governo do Estado, os produtores baianos lançaram o Movimento Invasão Zero.
Segundo o presidente do movimento, Luiz Uaquim, foram criados 16 núcleos regionais, que atualmente englobam 220 cidades. “A Constituição não existe na Bahia. E também não se prende ninguém pela invasão de propriedade. Dessa forma, tivemos que reagir e nos organizar para expulsar os invasores por conta própria”, destacou Uaquim, que trabalha para expandir o Movimento Invasão Zero para todo o país.
Cotado para assumir a presidência da CPI do MST, Zucco lamentou o fato do setor produtivo baiano não contar com o apoio das forças de segurança para a reintegração das áreas invadidas. “A ausência do Estado na resolução dos conflitos agrários pode provocar uma tragédia se tivermos um enfrentamento mais duro entre índios, sem-terra e agricultores”, advertiu o parlamentar. Zucco ressaltou que a iniciativa dos produtores da Bahia será fortalecida com a criação da Frente Parlamentar Invasão Zero. “Vamos trazer Câmara e Senado para este debate, de forma permanente. Aqueles que se omitem ou incentivam esses movimentos ilegais devem ser punidos com todo o rigor”, destacou.
Já no âmbito da CPI do MST, Zucco entende ser fundamental avançar nas investigações sobre as razões que levaram a Bahia a ser um dos maiores focos de ações dos sem-terra. A CPI do MST aguarda a indicação dos partidos para a composição do colegiado. Serão 27 membros titulares e outros 27 suplentes. O início dos trabalhos só deve acontecer após a chegada do presidente da Câmara, Arthur Lira, que está em viagem aos Estados Unidos.
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