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A produção estimada de grãos em Minas, na safra 2009/2010, terá uma retração média de 3,2%, com o volume oscilando entre 9,7 milhões de toneladas e 10,1 milhões de toneladas.
Os dados fazem parte do primeiro levantamento de intenção de plantio divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e foram analisados pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais (Seapa).
De acordo com o levantamento, está previsto um recuo na área de plantio da ordem de 1,5%, em média, ou uma oscilação entre pouco mais de 1,7 milhões de hectares e 2,8 milhões de hectares.
Para o superintendente de Política e Economia Agrícola, João Ricardo Albanez, "os dados são próximos daqueles registrados na safra passada". Ele destaca as estimativas para o milho, produto que alcança maior volume na safra mineira e apresenta a perspectiva de retração um pouco superior a 5,0%. O volume poderá alcançar quase 6,1 milhões de toneladas na comparação com os 6,3 milhões de toneladas da safra anterior.
Já a área plantada com o grão, no Estado, pode alcançar 1,2 milhão de hectares, enquanto na safra anterior foi superior em quase 90 mil hectares.
Albanez considera que os dados da safra de milho causam impacto na comparação com a soja. No caso desta leguminosa, a produção pode alcançar um volume aproximado de 2,9 milhões de toneladas, na comparação com a safra anterior, da ordem de 2,7 milhões de toneladas. Esta projeção equivale a um aumento de 7,1%. Este é o mesmo percentual de aumento da área, caso se confirme uma ocupação de quase 1 milhão de hectares, pois na safra anterior foram cerca de 914 mil hectares.
Segundo o superintendente, os números podem refletir a decisão de um certo número de produtores de milho em migrar para a soja porque este setor oferece melhores perspectivas. "Sobretudo por causa do alto estoque de passagem de milho no Brasil", explica. "Ao plantar soja 'superprecoce', o produtor poderá antecipar a colocação do produto no mercado e assim obter bom preço", ele acrescenta. Mas ressalva que, "no caso de economias emergentes como a China, Índia, Rússia e o próprio Brasil darem resposta positiva com uma demanda de maior volume de alimentos, a expectativa será favorável a preços remuneradores."
Essa projeção, segundo Albanez, vale para toda a cadeia do agronegócio. Neste caso, ele acrescenta, inclusive o milho será beneficiado com a venda de produtos que dependem do grão para a sua formulação, como as carnes.
O superintendente ainda observa que, para esta safra, os produtores estão contando com uma situação nova, a possibilidade de ter crédito agrícola na fase inicial de plantio. "Por meio do convênio assinado pelo governo do Estado com o Banco do Brasil foram disponibilizados R$ 6,5 bilhões para os agricultores atenderem à safra 2009/2010", ele informa. Nos dois primeiros meses do ano agrícola, julho e agosto, os produtores já buscaram 11,9% desse total, ou R$ 773,8 milhões. "Desta cifra, foram encaminhados 30,5% para o café, 20% para o milho, e 12% para a soja", finaliza Albanez.
Ivani Cunha
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(31) 3215-6568 /
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