Produtividade é saída dos produtores para enfrentar queda de preços

Novo híbrido desenvolvido por empresa brasileira apresentou rendimento acima de 8.200 quilos por hectare na segunda safra, resultado acima da média do estado que está em 5.888 quilos

01.09.2023 | 08:01 (UTC -3)
Daniel Navarro

Segundo levantamento mensal de agosto do Departamento de Economia Rural (Deral), as lavouras de milho de segunda safra do estado devem apresentar um aumento de mais de 20% na produtividade em comparação com a safra 2021/22. O incremento tem sido fundamental para equilibrar eventuais perdas decorrentes da queda no preço do grão.

O documento apresenta dados referentes a 28 de agosto que indicam rendimento médio das lavouras no Paraná em 5.888 quilos por hectare. Um aumento de 1,7 % na comparação com o levantamento apresentado em julho. Na safra 21/22, a produtividade média por hectare foi de 4.880 quilos o que significa um aumento de 20,67%.

“Os produtores que investiram em tecnologia tem colhido resultados superiores à média. É importante evoluir buscando a melhor genética para enfrentar desafios como acamamento, períodos de estiagem e, claro, o complexo de enfezamento”, explica Paulo Otávio Pinheiro, responsável pelo desenvolvimento de mercado da Shull Seeds, empresa brasileira que mantém um programa próprio de melhoramento genético para o desenvolvimento de novos híbridos de milho no Brasil.

O agricultor Marcione Manenti, de São Miguel do Iguaçu, foi um dos que continuou acreditando na segunda safra de milho e buscou a melhor genética para obter maior produtividade e equilibrar a queda de preços. Com o híbrido SHU5717 colheu 6.970 quilos por hectare, o que significa uma média de 116 sacas por hectare em sua lavoura comercial de 36 hectares.

“Plantei Shull nesta safrinha 2023. Gostei da qualidade de grão e tolerância à cigarrinha. Na safrinha 2024 vou plantar novamente. Será o SHU3303 - PRO3 pela ótima produtividade e tolerância a cigarrinha,” explica Manenti.

Também em São Miguel do Iguaçu, Oeste Paranaense, o produtor Luis José Mondardo optou por materiais com a genética da Shull. Ele realizou a semeadura na primeira quinzena de fevereiro e fez a colheita dia 27 de julho. Em uma área de 14 hectares, o híbrido SHU5717 apresentou rendimento médio de 137 sacas por hectare, o que significa mais de 8.200 quilos por hectare em média. Na mesma região do Paraná, Adelino Jacob de Souza colheu 138 sacos por hectare com o mesmo SHU5717, em uma área de 4,11 hectares.

“A genética dos híbridos ainda é a principal ferramenta para uma boa sanidade e produtividade das plantas. O produtor sabe disso e tem buscado materiais ofereçam essa segurança. Em anos como este, de baixa de preços, o rendimento da lavoura é o que pode fazer a diferença", explica Paulo Otavio Pinheiro, da Shull.

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