Caminhos do mel reforçam importância das abelhas para o meio ambiente e para geração de renda

Conhecidas mais tradicionalmente como abelhas com ferrão e sem ferrão, ambas possuem características bem particulares, que são evidenciadas na Expointer 2023

31.08.2023 | 16:37 (UTC -3)
Tiago Bald, edição Cultivar
Foto: divulgação/Emater-RS
Foto: divulgação/Emater-RS

Um local arborizado, com estruturas em madeira em meio a corredores sombreados, em que podem ser observadas diversas caixas de abelhas, além de equipamentos para o manejo apícola: assim pode ser resumido o Caminhos do Mel, parcela disponível no Espaço da Emater/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, durante a 46ª Expointer, em Esteio. No local, extensionistas da Emater/RS divulgam a apicultura e a meliponicultura como oportunidades de renda - especialmente para os agricultores familiares -, realizam oficinas e promovem troca de experiências sobre o tema.

Conhecidas mais tradicionalmente como abelhas com ferrão – as apis – e sem ferrão – as melíponas -, ambas possuem características bem particulares, que são evidenciadas no espaço. “As apis são essencialmente produtivas não apenas no que diz respeito ao mel, mas também a elaboração de outros produtos de alto valor agregado, como a cera, o própolis ou a geleia real”, exemplifica o extensionista da Emater/RS, Ricardo de Oliveira Valim. “Por outro lado, as melíponas possuem um apelo mais ecológico, de sustentabilidade dos ecossistemas”, salienta.

Sobre ambas as atividades, Valim destaca ainda a possibilidade de realização de cursos de Apicultura ou Meliponicultura, com carga horária de 24 horas, que são oferecidos no Centro de Treinamento de Agricultores de Montenegro (Cetam). “No de Apicultura, os participantes podem conhecer mais sobre a biologia das abelhas, escolhas do local do apiário, quais os equipamentos, formação de enxames, manejo das colmeias e colheita e beneficiamento do mel”, cita. Na formação de Meliponicultura, temas como função das abelhas nativas sem ferrão, ambiente para as espécies e multiplicação das famílias são discutidos.

O extensionista frisa o fato de a atividade apícola ser bastante tradicional, ainda que haja certa barreira quando o assunto é a tecnologia. “Às vezes pequenas inovações já podem significar grandes ganhos”, analisa. Nesse sentido, Valim destaca as recentes pesquisas sobre o manejo integrado entre apicultura e lavoura de soja – com ganhos em produtividade do grão, sem comprometer a sanidade dos enxames. “Atualmente já há uma série de estudos que evidenciam o potencial da soja como pasto apícola, o que resulta em um tipo de interação positiva, com incremento na lavoura aliada a um mel de muita qualidade”, destaca.

Os próximos cursos no Cetam ocorrem entre os dias 13 e 15 de setembro (Apicultura) e 27 e 29 de setembro (Meliponicultura). Outras informações sobre as capacitações podem ser obtidas no site www.emater.tche.br, no link Centros de Treinamento. A parcela conta com a parceria da Federação Apícola do Rio Grande do Sul (Fargs) e da Associação Gaúcha de Meliponicultura (AGMEL), entre outras entidades. A Emater/RS atua de forma vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do Governo do Estado.

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