Produtividade do trigo permanece favorável no Rio Grande do Sul apesar de intercorrência climática

Segundo a Emater/RS, as chuvas dos dias 22 e 23 do mesmo mês foram benéficas para o solo e as plantas, mas a geada que ocorreu a partir do dia 25 trouxe preocupação

29.08.2024 | 17:42 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Taline Schneider
Foto: Vanessa Almeida de Moraes, em Maximiliano de Almeida
Foto: Vanessa Almeida de Moraes, em Maximiliano de Almeida

As lavouras de trigo, aveia branca, canola e cevada no Rio Grande do Sul apresentam um quadro geral satisfatório, apesar das recentes intercorrências climáticas. Segundo a Emater/RS, as chuvas dos dias 22 e 23 do mesmo mês foram benéficas para o solo e as plantas, mas a geada que ocorreu a partir do dia 25 trouxe preocupação, especialmente para áreas mais vulneráveis.

A área cultivada com trigo no estado alcança 1.312.488 hectares, com uma produtividade prevista de 3.100 kg/ha. Atualmente, 76% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 20% em floração e 4% em enchimento de grãos. As chuvas recentes ajudaram na reposição da umidade do solo e na aplicação de adubação nitrogenada. No entanto, as geadas subsequentes afetaram algumas áreas em estágio reprodutivo, especialmente em regiões de baixada, onde as temperaturas foram mais severas. A Emater/RS ainda realizará vistorias técnicas para avaliar possíveis perdas.

Em relação à aveia branca, que ocupa uma área de 365.590 hectares, as lavouras implantadas mais precocemente estão nas fases de espigamento, floração e enchimento de grãos. A produtividade estimada é de 2.402 kg/ha.

Para a canola, que tem 134.975 hectares cultivados, a fase de enchimento de grãos está em curso nas lavouras mais avançadas, enquanto nas mais tardias ocorre o início da floração e formação de síliquas. Apesar da geada, não há previsão de perdas significativas, com produtividade projetada em 1.679 kg/ha.

Por fim, a cevada, que ocupa 34.429 hectares, apresenta desenvolvimento satisfatório. Os produtores seguem monitorando pragas e doenças foliares, devido à alta umidade relativa do ar. A produtividade esperada é de 3.245 kg/ha.

O cenário geral das culturas de inverno no Estado é promissor, mas a atenção permanece voltada para as condições climáticas futuras e seus possíveis impactos nas lavouras.

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