Produção mundial de café foi estimada em 170 milhões de sacas

América do Sul produzirá 48,8% da safra global de café, Ásia & Oceania 28,8%, América Central & México 11,3% e África 11,1%, no ano-cafeeiro 2020-2021

16.11.2021 | 13:53 (UTC -3)
Embrapa
América do Sul produzirá 48,8% da safra global de café, Ásia & Oceania 28,8%, América Central & México 11,3% e África 11,1%, no ano-cafeeiro 2020-2021. - Foto: Wenderson Araujo/CNA
América do Sul produzirá 48,8% da safra global de café, Ásia & Oceania 28,8%, América Central & México 11,3% e África 11,1%, no ano-cafeeiro 2020-2021. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

A produção de café em nível mundial, estimada para o ano-cafeeiro 2020-2021, foi calculada num volume físico equivalente a 169,64 milhões de sacas de 60kg, número que denota um ligeiro crescimento de 0,4% em relação ao mesmo período anterior. Neste contexto, os cafés da espécie arábica foram estimados em 99,26 milhões de sacas e os robustas em 70,38 milhões, volumes que representam 58,5% e 41,5%, respectivamente, da produção mundial.

Se for estabelecido um ranking da produção de café no mundo, exclusivamente das quatro grandes regiões produtoras, América do Sul, Ásia & Oceania, África, e América Central & México, agrupando as duas espécies de cafés (arábica e robusta), em ordem decrescente, verifica-se que, no ano-cafeeiro em referência, a América do Sul, a qual tem produção estimada em 82,79 milhões de sacas, destaca-se em primeiro lugar com volume físico correspondente a 48,8%, e, em segunda posição, a Ásia & Oceania, com 48,91 milhões de sacas, que equivalem a 28,8%, da safra mundial.

Na terceira posição desse ranking figura a América Central & México, com 19,19 milhões de sacas produzidas, equivalentes a 11,3%. E, por fim, na quarta colocação, a África, cuja produção total de café foi estimada em 18,75 milhões de sacas de 60kg, número que corresponde a 11,1% do total produzido no mundo, e que, obviamente, conforme se depreende da análise dos dados a safra será bastante similar à produzida na América Central & México, no ano-cafeeiro 2020-2021.

Convém ressaltar que estes dados da performance da cafeicultura mundial foram extraídos do Relatório sobre o mercado de Café – outubro 2021, da Organização Internacional do Café – OIC, a qual divide a produção de café no mundo nas quatro grandes regiões citadas: América do Sul, Ásia & Oceania, África, e América Central & México. E, ainda, para a Organização, o ano-cafeeiro compreende o período de outubro a setembro. Tal Relatório encontra-se disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, rede de pesquisa coordenada pela Embrapa Café.

Com base ainda nos dados estatísticos constantes no Relatório da Organização em pauta, pode-se inferir que a produção estimada para a maior região produtora do mundo - América do Sul – terá um ligeiro aumento de 1,9%. E, ainda, que a Ásia & Oceania, assim como a América Central & México, deverão ter redução nas suas produções de cafés, de 1,1% e 2,1%, respectivamente, na comparação do ano-cafeeiro 2020-2021 com o anterior. Contudo a produção total da África deverá se manter estável, nessa mesma base comparativa de dois anos-cafeeiros seguidos.

Conforme também destaca o Relatório sobre o mercado de Café – outubro 2021, para a OIC, o consumo mundial de café está retomando o crescimento médio de 1,9% dos últimos dez anos, como era antes do cenário da pandemia da covid-19. Dessa forma, estima-se que haverá um aumento do consumo global de 1,9%, em relação ao mesmo período anterior, pois o consumo deste ano-cafeeiro 2020-2021 deverá atingir em torno de 167,15 milhões de sacas de 60kg. E, mais ainda, a OIC prevê que a inelasticidade do consumo mundial tornará ainda mais apertada a relação da demanda com a oferta, ampliando assim a possibilidade de continuação das atuais tendências altistas dos preços do café, em nível mundial.

Exclusivamente em relação ao desempenho das exportações globais, no mês de setembro deste ano 2021, este Relatório da OIC também destaca que o volume de café exportado, tanto de arábica como de robusta, atingiu um total de 10,07 milhões de sacas de 60kg, volume físico que representou um decréscimo de 4,9% na comparação com o que foi exportado em setembro de 2020.

Por fim, detalhando esses números das exportações mundiais do mês de setembro de 2021, por tipos de cafés, constata-se que houve queda expressiva de 8,4% na venda ao exterior dos cafés do tipo arábica, volume que decaiu de 6,03 milhões de sacas em setembro de 2020 para 5,52 milhões em setembro de 2021. Entretanto, a queda nas exportações dos cafés do tipo robusta registrou uma redução de apenas 0,8%, cujo volume de sacas vendidas foi de 3,50 milhões em setembro de 2020, na comparação com as 3,47 milhões em setembro de 2021.

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