Produção integrada de alimentos é debatida em Petrolina/PE

08.09.2009 | 20:59 (UTC -3)

Ampliar a competitividade com produtos de alta qualidade será o foco do 11º Seminário Brasileiro de Produção Integrada de Frutas e do 3º Seminário sobre Sistema Agropecuário de Produção Integrada (Sapi), até 11 de setembro, em Petrolina/PE.

Os eventos são promovidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Embrapa Semiárido e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Conforme o diretor do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade (Depros), do Mapa, Sávio Mendonça, os seminários vão abordar as ações da Produção Integrada realizadas do País e reforçar a importância do sistema para o agronegócio brasileiro. “Ao divulgarmos o sistema como alternativa para o produtor, ressaltamos a importância da certificação para atender aos mercados mais exigentes”, afirma.

Os eventos devem reunir 400 participantes envolvidos com a Produção Integrada (PI) em todo o País. Atualmente, o Mapa possui 56 projetos que têm alterado os sistemas de produção na agricultura brasileira. São mais de 64 mil hectares, que envolvem 2,3 mil produtores e produzem mais de 1,5 milhão de toneladas de alimentos. Na região dos seminários, entre Juazeiro e Petrolina, os programas da produção integrada de manga e uva estão instalados em 7,6 mil e 5 mil hectares.

Uma das principais vantagens do sistema é a racionalização do uso de agroquímicos nas propriedades. Nos pomares de uva, manejados de acordo com as suas normas técnicas, a redução do uso de inseticida chega a 89%, 42% de fungicida e 100% de herbicida. Em manga os dados também impressionam: 70%, 31% e 95% para os mesmos insumos, respectivamente.

Produção Integrada - O principal enfoque da PI é a conciliação das etapas do campo, processo de distribuição, com a demanda por produtos mais saudáveis. Além da viabilidade econômica para agricultores e os cuidados com o meio ambiente. O sistema gera produtos agropecuários seguros, e de qualidade, pelo emprego de métodos de monitoramento, análise de resíduos de agrotóxicos e pela utilização de tecnologias adequadas que garantem a segurança no consumo.

No sistema, é possível rastrear o alimento em todas as fases do processo produtivo. Ao cumprir essas etapas, o produtor poderá receber a certificação oficial, com a chancela do Mapa e do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro). O selo da produção integrada, o PI Brasil, atesta características do produto ou do processo de produção, garantindo sua procedência, segurança e qualidade.

Adesão - A adesão ao sistema é voluntária, mas ao optar por ele, o produtor terá que cumprir rigorosamente as orientações estabelecidas. Já se encontram disponíveis 16 normas, publicadas no Diário Oficial da União (DOU), que orientam o produtor a certificar sua produção.

No início da sua implantação, o programa do Ministério abrangia apenas três culturas. A maçã no Rio Grande do Sul e a manga e a uva no vale do submédio São Francisco. Os bons resultados fizeram o programa ganhar parcerias e avançar com novas cadeias produtivas (abacaxi, amendoim, melão, café, leite bovino, pêssego, entre outras). Atualmente, 500 instituições públicas e privadas integram o programa. Até o final deste ano serão publicadas mais seis normas para as culturas de café, arroz, soja, batata, amendoim e leite.

Livro - No mês de julho, o Ministério da Agricultura lançou o livro Produção Integrada no Brasil: Agropecuária Sustentável, Alimentos Seguros, para conscientizar a população sobre a importância da adoção de políticas para a segurança dos alimentos com sustentabilidade. Ao todo, são 23 culturas contempladas em mais de mil páginas da publicação.

Fonte e informações adicionais: Mapa -

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