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A cada colheita da produção, o material que iria para o lixo se transforma em alimento a quem mais precisa. O citros desenvolvido pela pesquisa está sendo doado à população pelotense de diversas maneiras. Segundo o pesquisador Roberto Pedroso, um dos idealizadores da iniciativa, esta é apenas uma mínima ajuda que pode ser oferecida à população de baixa renda. “Além de seu papel de desenvolver novas tecnologias, a Embrapa está disponibilizando os seus produtos para a sociedade”, esclarece.
A Sociedade Espírita Dona Conceição foi um dos grupos beneficiados pela doação. No lar, 165 crianças de idade entre dois e 16 anos são atendidas de forma gratuita por um grupo de vinte e dois funcionários. “As crianças ficam aqui dez horas por dia, recebendo cinco refeições diárias e tudo aquilo que a gente pode fazer para auxiliá-los. E as famílias também recebem atenção da casa, porque não adianta educar as crianças sem os familiares”, explica a presidente da instituição, Ieda Scaletzky. De acordo com ela, quase todas as mães dos alunos já estão trabalhando de carteira assinada. A entrega das frutas ocorreu na primeira quinzena de abril, quando foram servidas tangerinas aos alunos no lanche da tarde. “Este momento em que as frutas chegam à mesa das crianças é uma alegria. Realmente uma felicidade elas poderem contar com este tipo de alimento aqui”, observa a diretora, Mara Zaffalon.
Já os voluntários do Movimento Familiar Cristão se reúnem todas as segundas-feiras com um propósito: preparar o jantar para dezenas de moradores de rua. O advogado Gerson Pepe conta que o trabalho surgiu através da sensibilidade de uma jovem integrante do Movimento. “Há 14 anos, a filha de um amigo nosso encontrou um senhor pedindo dinheiro e ficou muito comovida, querendo ajudar com mais recursos. Desde então, um dia por semana é realizada a janta na rua”, explica Pepe. Todos os alimentos utilizados são doados por colaboradores, num trabalho em que a criatividade é fundamental. “Às vezes, as pessoas acham que um machucado na fruta já é o suficiente para descartá-la, mas aqui ela rende muito”, diz Pepe. O citros cedido pela Embrapa foi servido em forma de suco num dos jantares da esquina das ruas Sete de Setembro com Barão de Santa Tecla. “Só com uma atitude, com uma intenção, já está dando uma grande ajuda, imagina quem está colaborando”, reflete um ex-dependente químico, beneficiado pelos jantares.
O trabalho de todos os participantes dessa grande rede de ajuda é inteiramente voluntário e conta com outro tipo de retorno: a gratidão. O funcionário da Embrapa e membro do Movimento Familiar Cristão, Cláudio Loy, explica o que leva a realizar este tipo de atividade. “É o tipo de ajuda que faz toda a diferença para quem precisa. Chama-se inclusão. Trazer os mais necessitados para perto de nós”, resume ele. A diretora da Sociedade, Mara, completa: “O nosso conforto é o sorriso. É o desenvolvimento das crianças que nos dá prazer de continuar o trabalho”.
Sergio Silva
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