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Um relatório da Supervisão Estadual de Pesquisas Agropecuárias do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) do Ceará aponta uma expansão na produção e no cultivo do cajueiro-anão precoce no estado.
Em 2008, o cajueiro-anão precoce participou com 19% da produção de caju do Ceará, com quase 23 mil toneladas e ocupou 11% da área colhida com cajueiro no Estado, com cerca de 43 mil hectares.
Para 2009, o IBGE estima um crescimento de 24% na área colhida com cajueiro-anão, que vai responder por quase 54 mil hectares, ao passo que o cajueiro comum não deve ter acréscimo. A produção de cajueiro-anão deve ultrapassar 33 mil toneladas.
Ainda segundo o relatório, o impacto do cajueiro-anão na produtividade do cajueiro no Ceará foi de 10% em 2008. A produtividade no Ceará foi de 312kg/ha. Sem o cajueiro-anão, a produtividade teria sido de 285kg/ha.
Atualmente, o cajueiro-anão precoce vem sendo cultivado nos estados do Ceará, Piauí, Rido Grande do Norte, Maranhão, Pernambuco, Bahia, Pará, Tocantins, Mato Grosso e São Paulo, sendo conhecido no mundo inteiro pela sua precocidade e alta produtividade.
A Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza/CE), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tem no melhoramento genético do cajueiro-anão precoce, um dos carros-chefes da pesquisa na área agronômica. “Já conseguimos reduzir o porte, com plantas de alta produção e precocidade. Agora, estamos querendo melhorar atributos específicos”, explica o pesquisador Levi de Moura Barros, um dos responsáveis pelo lançamento da maioria dos 10 clones de cajueiro-anão disponíveis para plantio comercial.
O chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Vitor Hugo de Oliveira, considera que os números do IBGE apenas confirmam que a tecnologia do cajueiro anão precoce é perfeitamente viável e, quando plenamente adotada pelos cajucultores brasileiros, promoverá uma mudança positiva no agronegócio caju. “As opções de clones contribuem para o aumento do rendimento, maior possibilidade de ganhos econômicos e melhoria da qualidade da matéria-prima que chega às indústrias de processamento”
Teresa Ferreira
Embrapa
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