Produção de soja na Argentina cai 43%, conforme USDA

Condições de seca e calor, atribuídas ao fenômeno climático La Niña, impactam significativamente a produção de soja do país, levando a uma queda acentuada em relação ao ano anterior

11.06.2023 | 16:37 (UTC -3)
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A produção de soja na Argentina para o ano de comercialização 2022/23 sofreu uma queda de 43% em relação ao ano anterior, de acordo com estimativas recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção é agora projetada em 25 milhões de toneladas métricas (t), queda de 7% em relação à estimativa do mês passado.

A queda na produção de soja é atribuída a uma combinação de condições climáticas adversas e fatores ambientais. O rendimento da soja é estimado em 1,67 toneladas por hectare (t/ha), queda de 7% em relação ao mês passado e de 40% em relação à safra 2021/22.

A área colhida também sofreu redução, estimada em 15 milhões de hectares, mantendo-se inalterada em relação ao mês passado, mas 6% inferior a 2021/22.

A Argentina, um dos maiores produtores de soja do mundo, tem lutado contra condições de seca e calor durante a estação de crescimento, causadas pelo terceiro ano consecutivo do fenômeno climático La Niña.

No início de junho, a Bolsa Cereales em Buenos Aires informou que a colheita estava 87% concluída e a produção nacional estava em 1,5 t/ha. Relatórios publicados pelo Ministério da Agricultura da Argentina também indicam uma redução mês a mês na produção de soja.

A colheita continua nos próximos dias, mas as perspectivas para a produção de soja na Argentina permanecem sombrias. A queda pode ter implicações significativas para a economia argentina, que depende fortemente da exportação de soja.

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