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Probióticos comuns na criação de frangos mostraram potencial para impulsionar o cultivo de alface. Estudo da Embrapa Meio Ambiente, Instituto Biológico de São Paulo e Unesp revelou que bactérias dos gêneros Bacillus e Lactobacillus, presentes em produtos comerciais da empresa Biocamp, de Campinas, favoreceram o crescimento vegetal.
Testes com Colostrum BIO 21 Pó e Colostrum BS Pó demonstraram aumento na massa foliar e raízes mais robustas. As aplicações ocorreram no momento da semeadura e por drench semanal. Ambas funcionaram.
Os probióticos atuaram de forma multifuncional no solo. Produziram substâncias bioestimulantes, competiram com patógenos e induziram resistência natural nas plantas. O solo tratado com esses microrganismos apresentou efeitos visíveis na parte aérea e nas raízes da alface.
“Esses produtos já têm uso consolidado na avicultura. Adaptá-los para a agricultura pode acelerar sua adoção”, afirma Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa.
A aplicação via drench mostrou-se eficiente para entregar os microrganismos diretamente às raízes, o que pode beneficiar cultivos comerciais.
Os pesquisadores lembram que mais testes são necessários com outras culturas. Condições do solo, combinação com outros microrganismos e ajustes nas formulações podem influenciar os resultados. A empresa produtora dos probióticos já trabalha com o setor agrícola para explorar essas possibilidades.
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