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A descoberta de Dalbulus maidis, a cigarrinha-do-milho, em Oklahoma, Estados Unidos, preocupa agricultores da região. O inseto pode causar danos diretos ao milho e transmitir patógenos. Antes de 2024, essa praga não havia sido registrada no estado. Há alerta para possível expansão da praga para outras áreas do cinturão de milho dos Estados Unidos.
Dalbulus maidis é originária do México. Espalhou-se por outros estados dos EUA, como Califórnia, Flórida e Texas. No caso de Oklahoma, a presença do inseto foi confirmada pela equipe de pesquisa da universidade do estado. Foram coletadas amostras em várias plantações comerciais e experimentais, confirmando a infestação em diferentes condados. A identificação ocorreu por meio de técnicas morfológicas e moleculares.
Uma das grandes preocupações em relação à presença de D. maidis é sua capacidade de transmitir Spiroplasma kunkelii, bactéria associada à doença do enfezamento do milho. No primeiro campo de Oklahoma em que o inseto foi detectado, a infestação era severa.
Conforme os cientistas, o ciclo de plantio do milho em Oklahoma contribui para a permanência de D. maidis durante grande parte do ano. O estado possui diversas fases de cultivo, incluindo plantações de ciclo completo e de segunda safra. Esses fatores aumentam a disponibilidade de material reprodutivo para a cigarrinha.
Estudos indicam que D. maidis pode sobreviver sem milho por até nove semanas, desde que haja água disponível. Além disso, o inseto tem demonstrado capacidade de sobreviver ao inverno em temperaturas moderadamente frias. Isso aumenta o risco de que a praga consiga se estabelecer de forma permanente no estado. Com as mudanças climáticas, o primeiro gelo nas plantações está ocorrendo mais tarde, permitindo período maior reprodução e danos.
Outro desafio enfrentado pelos agricultores de Oklahoma é a limitação no uso de pesticidas eficazes. No Brasil, por exemplo, produtos como metomil, carbosulfan e acefato são utilizados para combater D. maidis. Contudo, esses pesticidas têm restrições nos Estados Unidos, explicam os pesquisadores. Carbosulfan não é registrado no país. E o uso de acefato não é permitido em plantações de milho. Assim, produtores de Oklahoma podem enfrentar dificuldades no controle da praga. Especialmente considerando-se que estudos indicam menor eficácia de outros princípios ativos, como piretroides e neonicotinóides.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.3390/insects15100778
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