Pressão de baixa no mercado do boi gordo

08.09.2009 | 20:59 (UTC -3)

Mesmo sem “abundância” de gado, o mercado do boi gordo trabalha sob forte pressão de baixa. Afinal, com escalas consideradas confortáveis, 6 a 7 dias para as grandes indústrias, não há extrema necessidade de realizar negócio.

O que ocorre é que os grandes frigoríficos contam com “artifícios” para que não falte gado para abate, como animais de confinamento próprio e boi negociado no mercado a termo.

As compras cessam quando as escalas avançam um pouco, estratégia que tem funcionado para a manutenção da pressão negativa sobre os preços. No último mês, as cotações recuaram quase 4% em São Paulo.

Nas praças vizinhas a São Paulo, principalmente em Goiás (onde a oferta de animais confinados é maior), a situação é semelhante.

Nas últimas semanas, com queda do preço do boi e aumento dos preços de derivados bovinos, a margem da indústria melhorou significativamente. A defasagem do Equivalente Scot para o boi, por exemplo, está em um patamar considerado historicamente bom para os frigoríficos: -3,9%.

Tal situação abriria espaço para que o mercado do boi gordo voltasse a trabalhar em ambiente firme, caso houve um ajuste de oferta. Pelo jeito não foi o que aconteceu.

Lygia Pimentel

Médica Veterinária - Scot Consultoria

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