Presidente da CNA defende construção de terminais portuários privados e trânsito de cargas próprias e de terceiros

22.03.2013 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, afirmou nesta última quinta-feira (21), em Brasília, que a autorização para construção de Terminais de Uso Privado (TUPs) e a movimentação das cargas, próprias ou de terceiros nesses terminais são pontos fundamentais da Medida Provisória (MP) 595, em tramitação no Congresso Nacional. “Eles são a espinha dorsal do novo marco regulatório e a manutenção desses itens na MP vai garantir a modernização da estrutura portuária, melhorando a competitividade desse setor”, afirmou a presidente da CNA.

A MP 595 foi um dos temas tratados pela senadora Kátia Abreu durante apresentação em reunião dos presidentes do Conselho Deliberativo do Sistema Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Acrescentou que melhorar a logística de escoamento do chamado Arco Norte não significa abandonar as tradicionais vias de escoamento das regiões Sul e Sudeste. “Harmonizar os sistemas de logística é muito importante para o crescimento do País”, afirmou.

Durante a reunião, ela apontou uma série de dados que comprovam a ineficiência do sistema portuário nacional. No porto de Santos, que movimenta 40% das cargas do País, o tempo médio de espera para embarque ou desembarque de um contêiner é de 13h. Para transporte de granéis sólidos, o tempo de espera é de 72h. A demora eleva os custos de transporte, comprometendo a renda dos produtores rurais. Entre 2003 e 2011, o preço do transporte no Brasil subiu 204,53%, enquanto na Argentina e nos Estados a alta foi de 53% e 43%, respectivamente, no mesmo período.

- A senadora Kátia Abreu afirmou que o Brasil tem condições de cumprir a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para os países fornecedores de alimentos. “Temos área para produzir mais, ampliando a prática da irrigação e sem que seja preciso abrir novas áreas de produção”, afirmou. Segundo a FAO, o Brasil precisa ampliar sua produção de comida em 40% até 2020, enquanto a Austrália deve ampliar a produção em 7% e o Canadá e os Estados Unidos, 14%.

O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Roberto Simões; e das Federações da Agricultura e Pecuária do Amapá (FAEAP), Luiz Iraçú Guimarães Colares; da Bahia (FAEB), João Martins da Silva Junior; do Ceará (FAEC), Flávio Viriato Saboya Neto; do Espírito Santo (FAES), Júlio da Silva Rocha Júnior; da Paraíba (FAEPA), Mário Antonio Pereira Borba; e de Santa Catarina (FAESC), José Zeferino Pedrozo; participaram da reunião. O presidente do Sebrae, Luiz Barreto, também esteve presente ao encontro.

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