Prazo para colheita de soja nas Planícies Tropicais do Tocantins encerra dia 20 de setembro
A região tem a excepcionalidade do plantio para fins de pesquisa/ensino, produção de sementes e reserva de semente para uso próprio (salva legal)
19.09.2024 | 14:21 (UTC -3)
Dinalva Martins
Nesta sexta-feira (20) encerra o prazo para a colheita de sementes de soja nas Planícies Tropicais. A área de plantio foi de 56,7 mil hectares, num total de 111 propriedades rurais cadastradas, que foram 100% monitoradas semanalmente pelo Governo do Tocantins, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), visando à prevenção e o controle da ferrugem-asiática, principal praga que acomete a cultura. Até o momento, nenhum foco ativo da praga foi registrado.
Os sojicultores das Planícies Tropicais, que abrange os municípios de Lagoa da Confusão, Cristalândia, Pium, Formoso do Araguaia, Santa Rita do Tocantins e Dueré, têm a autorização para manutenção do cultivo excepcional de soja destinada à produção de sementes e reserva de sementes para uso próprio conhecida como salva legal. A janela do plantio iniciou no dia 20 de abril e encerrou dia 31 de maio, tendo o prazo dilatado para mais cinco dias. Já a colheita da oleaginosa finaliza dia 20 de setembro.
“Essa condição é permitida mediante autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária e fiscalização executada pela Adapec para assegurar a sanidade dessas lavouras e das propriedades produtoras de soja sequeiro, bem como, prestar orientações e monitorar a produção”, afirma o responsável técnico pelo Programa Estadual de Controle da Ferrugem-Asiática da Soja da Adapec, Cleovan Barbosa.
As sementes de alto vigor produzidas na região, que servirão para a próxima safra de soja sequeiro com início do plantio a partir de 1º de outubro, abastecem além do Tocantins, os estados de Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Roraima, entre outros.
Ferrugem-asiática da aoja
É a principal praga que acomete a oleaginosa, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Ela dissemina rapidamente entre as plantações por meio do vento. Os maiores prejuízos causados se devem à redução da produtividade, já que causa desfolha precoce nas plantas, impedindo que os grãos de soja se formem completamente.
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