RS Safra 2024/25: colheita da soja atinge 98% da área
Produtividade da safra de verão recua 24,6% em relação à estimativa inicial
No boletim conjuntural divulgado pelo Departamento de Economia Rural do Paraná nesta quinta-feira (15), a colheita da cana-de-açúcar é um dos destaques. Com uma área a ser colhida superior à de 2024, o Paraná deve registrar uma safra maior em 2025. De março até o momento, cerca de 8% dos 507 mil hectares projetados já foram colhidos. No ano passado, a área total plantada foi de 501 mil hectares. A expectativa é que se recolham 36,7 milhões de toneladas do produto.
Em relação à produtividade, os números devem manter-se próximos aos registrados no ano anterior, com 72,5 toneladas do produto colhidos por hectare. Algumas regiões relatam resultados melhores do que o esperado, mas as condições ainda podem mudar ao longo do desenvolvimento das atividades.
Segundo o boletim, o ganho de área acontece em um momento de acomodamento dos preços da soja, levando produtores que arriscavam plantar grãos em áreas de menor aptidão agrícola a retornar para a segurança da remuneração da cana. O valor recebido pela tonelada de cana em abril deste ano foi de R$138,23, um aumento de 15% quando comparado com abril de 2024.
Outro resultado positivo para a agropecuária paranaense foi a exportação de milho, que teve um excelente desempenho no primeiro quadrimestre do ano. Até agora, o estado embarcou 1,18 milhão de toneladas do cereal, um aumento de 77% em relação ao mesmo período de 2024 (Agrostat/Mapa). O Irã foi o principal destino, respondendo por 52% do volume total exportado. Seguido pelo Egito, com 12,8%, e a Turquia, com 11,3%.
A receita totalizou US$ 267,1 milhões (R$ 1,5 bilhão), o que representa uma alta de 81% frente ao primeiro quadrimestre de 2024. De acordo com o boletim, o resultado foi impulsionado tanto pelo aumento no volume embarcado, quanto pelos preços melhores. Com esse desempenho, o Paraná foi o segundo maior exportador de milho do Brasil, ficando atrás apenas do Mato Grosso.
A colheita da safra de tangerinas já está em curso no estado. No Vale do Ribeira, as condições climáticas, com chuvas bem distribuídas, anteciparam a maturação e a inversão de ácidos em açúcares das frutas. Os pomares estabelecidos apresentam uma boa carga, assim como os plantios mais novos em início de produção.
De acordo com o boletim, mesmo com o aumento dos custos de produção, o citricultor paranaense investiu em adubação e nos tratos culturais de inverno, principalmente no monitoramento (pragueiros) e controle da mosca-das-frutas. Com uma oferta bem distribuída e expectativa de colheitas superiores à safra passada, o produtor deve disponibilizar ao mercado um produto sadio e com poucos defeitos, consequência da baixa incidência de pragas e doenças e um bom padrão de qualidade de casca e sabor.
A produção de pitaia também é destacada no boletim desta semana. Com uma produção que totalizou 3,2 mil toneladas em 2023, a fruta está presente em 126 municípios do estado. Carlópolis, na região de Jacarezinho, é o principal município produtor, com uma área plantada que chega a 20 hectares. O Paraná é considerado o sétimo maior produtor brasileiro, com cota de 3,5% do VBP da fruta.
Para debater o mercado em expansão, o município de Maringá irá sediar o IV Simpósio Brasileiro e II Encontro Paranaense das Pitayas. O evento ocorre entre 21 e 23 de maio, reunindo associações, cooperativas, pesquisadores, extensionistas rurais, empresas agroindustriais e de fornecimento de insumos.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura