Política do MDA permite que jovens agricultores aumentem a renda cultivando flores

23.08.2012 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Comunicação Social

Tirar das flores e plantas ornamentais seu sustento. Foi com essa ideia, aliada a um projeto produtivo, que jovens agricultores familiares do Rio Grande do Sul mudaram paradigmas, superaram dificuldades e se tornaram prósperos. Foi assim com o jovem casal Gerson e Ivete Baungarten. Filhos de agricultores familiares, eles, em 2002, ainda recém-casados, adquiriram uma “terrinha”, no município de Passo do Sobrado (RS), pelo programa Banco da Terra, política de acesso à terra coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O projeto inicial era seguir os passos dos pais, “começar a vida plantando fumo”, como contou Gerson. E, assim, construíram a infraestrutura necessária para garantir que o fumo desse a eles renda suficiente para viver com dignidade. Segundo o agricultor, com o passar dos anos, no entanto, os altos impostos associados a outros fatores econômicos fizeram com que o fumo perdesse muito valor de mercado. Com isso, a renda do jovem casal, já com duas filhas, caiu sensivelmente. “Vendíamos o último fumo e procurávamos o banco pra pegar dinheiro e conseguir sobreviver até o outro ano, na comercialização da safra”, conta Ivete.

E a expectativa de mudar a realidade fez o jovem casal, com auxílio de técnicos da Emater/RS – entidade que presta assistência técnica na região – optar, também, pelo cultivo de flores, mudas e plantas ornamentais. “A situação parecia cada dia mais difícil. Então, percebemos que era preciso começar do zero de novo,” explica Gerson. Fizeram cursos de jardinagem e buscaram capacitação adequada. Hoje, seis anos após iniciar o projeto, eles tiram das flores, das mudas e da jardinagem o sustento da família e recursos para melhorias na produção de fumo, que agora ocupa apenas metade da área plantada. “Vivemos hoje da renda da jardinagem. Chegamos a comprar lenha e cano para usar na secagem do fumo com esse recurso. O dinheiro que tiramos do fumo estamos juntando para aumentar a casa. Primeiro, eram as flores junto com o fumo. Hoje podemos dizer que é o fumo junto com as flores”, reconhece Ivete, orgulhosa.

A 73 km de Passo do Sobrado, no município de Teutônia (RS), outros dois jovens agricultores também prosperaram com a floricultura. Em 2006, Sergio Rickes, por exemplo, adquiriu uma pequena propriedade de 3 hectares pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário e convidou sua irmã Jose, para ajudá-lo na “lida”. No projeto inicial estava previsto somente a horticultura orgânica. Mesmo com disposição e um objetivo bem definido, os irmãos Rickes tiveram que aguardar dois anos por licenças ambientais e hídricas para conseguir ampliar a produção. Nesse tempo, Sergio e Jose foram buscar alternativas paralelas de ganho e decidiram investir em flores ornamentais. Não se arrependeram.

Hoje, além de uma bela casa onde moram com os pais, eles têm seis grandes estufas para o plantio de hortaliças e flores, além de seis estufas menores para o cultivo do morango. As verduras, legumes e frutas produzidas abastecem feiras, supermercados e hospitais da região. E o sucesso com as flores não é muito diferente A Granja Rickes, empresa criada por eles para comercialização, ganhou recentemente a licitação municipal para refazer e manter todos os canteiros de flores da cidade de Teutônia.

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