Poder de compra de fertilizantes sobe 2% em outubro

Índice reflete queda nos preços dos insumos e variação cambial moderada

10.11.2025 | 09:55 (UTC -3)
Eliane Dalpizol

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de outubro fechou em 1,17, registrando uma melhora de quase 2% em relação ao mês anterior, que era de 1,19, mantendo a tendência observada no último relatório. Essa variação reflete fatores internos e externos.

No cenário nacional, o mês foi marcado pelo avanço do plantio da soja, que já cobre cerca de 46% da área prevista, com destaque para Paraná e Mato Grosso do Sul. Apesar das boas perspectivas, o clima começa a gerar preocupação, com relatos de replantio por falta de chuva e tempestades recentes.

No mercado internacional, as negociações entre Brasil e Estados Unidos sobre tarifas, somadas à expectativa de um acordo comercial entre China e EUA, tiveram impacto relevante, especialmente sobre a soja, que voltou a registrar valores próximos aos patamares mais altos do ano. Esse movimento, aliado ao ritmo acelerado do plantio brasileiro, trouxe oscilações significativas nos preços das commodities. No consolidado do mês, houve uma queda média de 1,5%, com milho em alta (+0,3%) e recuos em soja (-0,6%), algodão (-3,2%) e cana-de-açúcar (-2,6%).

Os fertilizantes registraram redução no mês, com queda média de 3%. Observando quedas na ureia, e MAP; e estabilidade no Cloreto de Potássio (KCl), devido à estabilidade na demanda global por potássio. No câmbio, o dólar registrou leve alta de 0,3%, impulsionada por ajustes do mercado frente a conflitos geopolíticos e fatores internos. Apesar disso, o impacto no índice foi limitado, uma vez que a valorização não foi suficiente para compensar a queda nos preços das matérias-primas.

O mercado acompanha o desenrolar do plantio e às condições climáticas no Brasil, além da conclusão do acordo comercial entre China e EUA, que pode redefinir fluxos globais de soja e influenciar preços nos próximos meses. Estamos nos aproximando da próxima safrinha, que vem apresentando boas perspectivas. Por isso, é importante um planejamento adequado para evitar acúmulo nos meses de pico.

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