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Solenidade aconteceu nesta segunda-feira (21/3)
Quarto maior consumidor mundial de fertilizantes, o Brasil importa mais de 85% desses insumos, estando, portanto, vulnerável às oscilações do mercado internacional. Entre as culturas que mais demandam o uso desses produtos estão a soja, o milho e a cana-de-açúcar, que somam cerca de 73% do consumo nacional, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Em períodos de incertezas, como o atual, com alta nos preços e risco de desabastecimento, a ordem é racionalizar o uso de fertilizantes, evitando ao máximo o desperdício. “Uma aplicação bem executada não precisará ser refeita, por isso a assertividade é fundamental nesse momento. No caso da soja, em que essa prática é necessária de quatro a sete vezes por safra, ou do algodão, que pode chegar a 20, a diferença pode ser significativa”, afirma Antonio Loures, especialista em tecnologia de aplicação - um conjunto de práticas que vem ganhando importância expressiva em todos os momentos do ciclo.
Loures é um dos desenvolvedores do SprayPlan, sistema inédito de planejamento e monitoramento de aplicações aéreas de agroquímicos, prática amplamente utilizada em lavouras de Norte a Sul do país. “Onde entra o avião entra o nosso trabalho. O software quantifica e qualifica a operação, planejando e monitorando todo o processo de aplicação. Também mostra para o produtor quanto e onde o produto foi aplicado, auxiliando no gerenciamento do recurso. Entregamos maior controle, produtividade e otimização nas aplicações aéreas de insumos agrícolas”, detalha.
A utilização de configurações não adequadas pode ocasionar prejuízos, como, por exemplo, o desperdício direto de insumos provocado por taxas de aplicação ou largura de faixa incorretas. Da mesma forma, uma menor dosagem na aplicação, comumente, resulta em um controle ineficaz de pragas. “Por outro lado, a superdosagem resulta em gasto desnecessário de insumos. O produtor, quando nos contrata, sabe que vai receber o que foi combinado”, acrescenta Loures. O empresário salienta que o sistema amplia a efetividade de cobertura dos produtos agroquímicos de 75% para até 96% da área tratada. Além do monitoramento, itens como calibração dos equipamentos e condições climáticas são determinantes para uma operação assertiva.
O Spray Plan superou a marca de um milhão de hectares analisados, principalmente em culturas de algodão, soja e cana-de-açúcar, e pode ser utilizado em diversos outros cultivos. Loures lembra, ainda, que a plataforma é “ideal para cooperativas, para que o pequeno produtor também saiba o quanto foi aplicado”. O rastreamento de insumos embarcados e a utilização de áreas backup, visando planos de redirecionamento, podem evitar desperdícios entre 15% e 20%. Além de maior produtividade, a adoção do programa como modelo de planejamento e monitoramento resulta, também, na mitigação de riscos socioambientais, como a deriva.
A plataforma Spray Plan foi concebida pela Dominus Soli, startup do agro que foi pioneira, há oito anos, no segmento de planejamento, avaliação e correção dos serviços de aplicação aérea de agroquímicos, em que Loures é sócio fundador. “Nós trabalhamos com mapas dinâmicos e gráficos simples de entender e o controle pode ser feito pelo celular. Auxiliamos nas tomadas de decisões ágeis e certeiras”, completa.
As observações e recomendações realizados pela Dominus Soli são relevantes também para os fabricantes de defensivos, que dependem da qualidade do serviço de aplicação para entregar os resultados prometidos pelo produto. “É muito comum a obtenção de resultados diferentes, em áreas próximas, com cultivares idênticas e que receberam o mesmo tratamento. É necessária a assertividade de uma ponta a outra, e é isso que propomos”, finaliza Antonio Loures.
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