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Décadas atrás, os cientistas demonstraram que as plantas, como os animais, possuem sistemas imunológicos inatos para detectar e responder a perigos potenciais. As plantas empregam redes de sinalização complexas para comunicar a presença de ameaças em toda a planta, mobilizando respostas de defesa mesmo em áreas não afetadas, o que é definido como Resistência Sistêmica Adquirida.
O desafio na ciência era como fornecer esse sinal de ameaça às plantas, pois, ao contrário dos seres humanos e outros animais, as plantas não têm muitos dos órgãos sensoriais como olhos, ouvidos, olfato, paladar, etc. Zhongmin Wei (na foto), durante sua pesquisa de pós-doutorado na Universidade de Cornell, isolou pela primeira vez uma molécula proteica caracterizada como uma proteína Harpin de uma bactéria patogênica de plantas, Erwinia amylovora.
Harpin é uma molécula de sinalização detectada pelas plantas como se fosse uma ameaça para a qual a planta tenha que começar a se defender ativando seu sistema imunológico inato. O uso de proteínas ou peptídeos na saúde humana era conhecido há muito tempo, mas esta foi a primeira vez que alguém demonstrou isso para uso na agricultura. Essa descoberta foi considerada tão significativa que a prestigiosa revista Science a colocou na capa de sua edição de 1992 (Science Vol. 257, No. 5066, pp. 85-88).
A pesquisa demonstrou que quando as plantas são expostas à proteína Harpin ou peptídeo derivado das proteínas Harpin, elas ativam as vias de defesa dependentes do ácido salicílico e do ácido jasmônico que acionam a planta para fazer alterações na estrutura celular ou liberar certas biomoléculas únicas para se defender contra doenças, pragas e nematoides de infectarem a planta.
Além das respostas de defesa, as proteínas Harpin também são conhecidas por sua capacidade de estimular o crescimento das plantas, levando a um maior rendimento e / ou melhor qualidade dos produtos. As proteínas Harpin oferecem proteção contra doenças fúngicas, bacterianas ou nematoides de amplo espectro.
A Plant Health Care - agora parte do negócio biológico da PI Industries - é a primeira empresa do mundo a oferecer tecnologia de inovação em Harpin e peptídeos na agricultura como uma opção mais sustentável para proteção de cultivos e aumento de rendimento em comparação com pesticidas químicos tradicionais. E é a única empresa no mundo até hoje que oferece esses produtos em lavouras.
Os produtos da Plant Health Care baseados em Harpin e peptídeos derivados são atualmente vendidos em mais de 25 países do mundo e têm parceiros de distribuição e operações no Brasil, México, EUA, Reino Unido, Portugal, Espanha, Itália, Turquia, África do Sul, e o registro de seus produtos na Índia é esperado em 2025. A PI Industries adquiriu a Plant Health Care em 2024 como parte de sua visão de ser uma empresa biológica líder global no mundo.
Os agricultores têm usado muitos insumos agrícolas nas últimas décadas e é importante que os agricultores tenham acesso a diferentes ferramentas para gerenciar seus desafios no campo. Os produtos sintéticos de proteção de cultivos são de alta eficácia e têm desempenhado um papel significativo na melhoria da produtividade agrícola e são uma ferramenta importante para os agricultores.
Mas esses produtos apresentam desafios em termos de desenvolvimento de resistência, efeito sobre microrganismos/insetos benéficos, resíduos e impacto ao meio ambiente e, ultimamente, aumento da pressão dos órgãos de regulamentação e da sociedade para redução de seu uso.
Os produtos biológicos tradicionais, por outro lado, têm eficácia variável. O desempenho dos produtos à base de microrganismos é afetado por vários fatores ambientais e microrganismos nativos. Gerenciar a vida útil, o armazenamento e a compatibilidade da mistura do tanque com outros insumos agrícolas são alguns dos outros desafios.
Os produtos à base de peptídeos da Plant Health Care são biomoléculas e não são afetados por muitos dos fatores que os microrganismos vivos são afetados. Os peptídeos da Plant Health Care encontram-se entre produtos sintéticos de proteção de cultivos e produtos biológicos tradicionais em termos de eficácia e desempenho. Eles têm o potencial de fornecer eficácia, como produtos sintéticos de proteção de cultivos, aliado a propriedades ambientais benéficas de produtos biológicos.
Os peptídeos da Plant Health Care funcionam em ambientes mais variáveis, apresentam compatibilidade em associação a uma variedade de insumos agrícolas, longa vida útil e não têm resíduos ou impacto em micróbios / insetos benéficos. Os peptídeos da Plant Health Care ativam o sistema imunológico inato da planta para protegê-la contra o estresse biológico e abiótico. Eles não têm nenhuma função direta de matar microrganismos ou plantas e, portanto, não há risco de desenvolvimento de resistência.
A Plant Health Care hoje tem a maior biblioteca de moléculas de peptídeos do mundo para o desenvolvimento de produtos agrícolas e cerca de 700 peptídeos já estão catalogados para uso na agricultura para tratar de doenças de plantas, manejo de nematoides, gerenciamento de estresse abiótico, melhoria de rendimento e estimulação do crescimento de plantas.
Até o momento, três desses peptídeos foram aprovados e comercializados globalmente e outros 12 estão em fase de testes, oferecendo diferentes benefícios para os agricultores. Com o investimento da PI Industries, a Plant Health Care está expandindo a equipe e os programas de pesquisa, e novos peptídeos estão sendo criados para o desenvolvimento de novos produtos. Dada a importância e singularidade dos peptídeos. hoje muitas empresas estão investindo em pesquisas para levar produtos a base de peptídeos ao mercado, mas a Plant Health Care, com seu conhecimento desse campo há mais de 30 anos, tem uma liderança clara.
Para alcançar sua visão de se tornar uma empresa líder global em produtos biológicos, a PI Industries investiu em quatro instalações de P&D nos EUA e na Índia dedicadas à pesquisa em soluções biológicas.
A Coplacana é a primeira distribuidora de Plant Health Care no Brasil, oferecendo as tecnologias exclusivas da PHC para produtores de cana-de-açúcar nos últimos sete anos. Hoje, centenas de milhares de hectares de cana-de-açúcar no Brasil estão se beneficiando da solução dos peptídeos Harpin.
Por Jagresh Rana, Global Head of Biologicals, Plant Health Care
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