PIB do setor agropecuário cresce 1,61% em janeiro

09.05.2013 | 20:59 (UTC -3)
Assessoria de Comunicação CNA

O Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário cresceu 1,61% no mês de janeiro, na comparação com dezembro de 2012, segundo levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). De forma isolada, o segmento primário da agricultura cresceu 1,81% no mês, enquanto o desempenho das atividades ligadas à pecuária foi 1,33% melhor.

Na agricultura, a alta é explicada pelo aumento da produção e dos preços do arroz, batata, feijão, fumo, mandioca, tomate, trigo e soja. Para esse produto, o desempenho da safra 2012/2013 é favorável, resultado influenciado pela boa produtividade das lavouras e pelos preços acima da média. Na avaliação da CNA/CEPEA, os estoques mundiais de soja, no primeiro semestre de 2013, continuam reduzidos e a demanda mundial segue firme. A perspectiva é que, após a redução de 4% na produção dos Estados Unidos e de 13% na Argentina, as safras recordes no Brasil e no Paraguai concentrem o atendimento da demanda mundial pelo grão.

A elevação dos preços do frango, suínos e ovos favoreceu o desempenho do segmento primário das atividades ligadas à pecuária em janeiro. No caso da bovinocultura, embora os preços tenham começado o ano em patamares inferiores aos registrados em dezembro de 2012, a expectativa é de recuperação ao longo do ano. Isso porque as perspectivas são de aquecimento do consumo no mercado interno e da demanda mundial em função da retomada do crescimento econômico.

– Para as culturas do algodão, cacau, café e laranja, o cenário é de negativo em função da queda de produção e preços. No caso da laranja, a crise de 2012 não dá sinais de melhora, e muitos produtores têm optando por outras culturas. De acordo com muitos citricultores, os preços recebidos pela caixa de 40,8 quilos de laranja - R$ 6 - não cobrem os custos de produção. Os prejuízos ocasionados pela pinta-preta, cancro cítrico e greening também reforçam a decisão de desistirem da citricultura. No caso do café, a redução dos preços está relacionada ao excesso de grão no mercado mundial.

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