PhytoGen lança novas cultivares de algodão para 2026

Variedades PHY 357 W3FE e PHY 433 W3FE prometem desempenho superior

17.07.2025 | 07:05 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Caroline Ahn

A PhytoGen, marca de sementes de algodão da Corteva Agriscience nos Estados Unidos, anunciou duas novas cultivares da variedade Upland para a safra de 2026. As variedades PHY 357 W3FE e PHY 433 W3FE foram desenvolvidas para entregar altos rendimentos e qualidade de fibra superior. Segundo a empresa, as cultivares demonstraram desempenho consistente do Sudeste americano até o Oeste do Texas.

De acordo com Joel Faircloth, líder de portfólio da Corteva, os novos materiais representam um avanço no potencial de rendimento, fator decisivo diante das condições desafiadoras do mercado. Ele afirmou que as cultivares oferecem ampla adaptação e contribuem para uma produção mais estável em diferentes condições agronômicas.

A adaptabilidade das novas cultivares permite o cultivo em diversos tipos de solo e regimes de irrigação. Isso facilita a escolha e o manejo ao longo da safra. A estabilidade no rendimento ajuda os produtores a planejar melhor cada temporada.

Faircloth destacou que o foco inicial do programa de melhoramento é o rendimento. Mas a seleção por qualidade de fibra também aumenta o valor do algodão no mercado e melhora a competitividade dos produtores americanos no setor têxtil global.

A PHY 357 W3FE tem porte médio-alto e ciclo precoce a médio. Já a PHY 433 W3FE é de porte médio-alto e ciclo médio. Ambas oferecem resistência a pragas importantes, como nematoides-das-galhas, nematoides reniformes e murcha bacteriana.

Faircloth afirmou que a resistência nativa aos nematoides se tornou essencial, devido ao aumento populacional dessas pragas. A proteção genética contra os nematoides reduz perdas e colabora na diminuição de infestações no solo, beneficiando culturas futuras.

As novas cultivares foram avaliadas em ensaios oficiais de variedades (OVTs) conduzidos por universidades. A PHY 357 W3FE venceu os testes da Universidade Estadual do Mississippi em 2024, superando o concorrente mais próximo em 54 libras por acre. A PHY 433 W3FE obteve o maior comprimento de fibra do teste, com 1,22 polegada.

Segundo Faircloth, os materiais apresentaram desempenho de destaque nos OVTs, o que gerou grande interesse de produtores e consultores. Muitos pediram o lançamento comercial antecipado.

Dan Gorman, líder global de melhoramento de algodão da Corteva, explicou que a empolgação com as novas variedades surgiu ainda na fase de desenvolvimento. O uso de ferramentas genômicas e marcadores moleculares permitiu acelerar a seleção e aumentar a confiabilidade nos resultados.

A empresa também utilizou viveiros de inverno para avaliação contínua, o que agilizou o avanço dos materiais. Segundo Gorman, as cultivares são as primeiras a se beneficiar integralmente dessas metodologias de melhoramento.

Em 2025, produtores do PhytoGen Horizon Network cultivam as variedades em ensaios comerciais, fornecendo dados de campo à equipe antes da liberação oficial em 2026.

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