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A contagem regressiva para o Congresso da Aviação Agrícola do Brasil (Congresso AvAg) 2025 já começou. O lançamento oficial do evento foi realizado nesta terça-feira (15/7), em Cuiabá (MT), reunindo cerca de 60 pessoas entre autoridades, empresários, lideranças do agro e jornalistas. O encontro ocorreu no auditório da AMPA e da Aprosoja, marcando a apresentação da nova edição do maior evento aeroagrícola da América Latina, que acontece de 19 a 21 de agosto, no Aeroporto Executivo de Santo Antônio de Leverger, a cerca de 30 quilômetros da capital mato-grossense.
Com o tema “Um olhar para o futuro”, o Congresso AvAg 2025 terá uma programação extensa, incluindo mostras tecnológicas, demonstrações de voo, atividades práticas e o Congresso Científico da Aviação Agrícola, que contará com trabalhos de mais de 10 universidades brasileiras. As inscrições são gratuitas, mediante o uso de um código de convite, disponível com os expositores.
Durante o lançamento, a presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Hoana Almeida Santos (na foto acima), destacou a importância da aviação agrícola para o aumento da produtividade no campo e a valorização do setor. Segundo ela, Mato Grosso lidera o ranking nacional, com mais de 700 aeronaves, o que representa quase o dobro da frota do Rio Grande do Sul, segundo colocado.
“A frota cresceu 7% no último ano, acompanhando a pujança do agronegócio. Ainda enfrentamos desinformação e preconceitos, mas nosso papel é mostrar que a aviação agrícola é tão essencial quanto qualquer outro equipamento na lavoura”, afirmou Hoana.
Ela também chamou atenção para a presença de grandes fabricantes de aeronaves e a participação de milhares de visitantes esperados nesta edição, que incluirá uma palestra especial com o ex-jogador Neto Zampier, sobrevivente do acidente aéreo da Chapecoense.
O diretor operacional do Sindag, Cláudio Júnior Oliveira, apresentou dados atualizados sobre o setor. O Brasil possui a segunda maior frota de aeronaves agrícolas do mundo, com 2.722 aviões, atrás apenas dos Estados Unidos. Só em Mato Grosso, são 749 aeronaves em operação.
A expectativa é que a aviação agrícola atenda cerca de 170 milhões de hectares por safra até 2025, movimentando mais de R$ 10 bilhões anuais em prestação de serviços até 2028. “Apenas cinco culturas — soja, milho, cana, algodão e trigo — poderiam ter prejuízos de até R$ 114 bilhões ao ano sem a aplicação aérea”, afirmou.
Oliveira também mencionou o avanço dos drones pulverizadores, que dobraram em número entre 2023 e 2024, e a chegada de aeronaves autônomas, como os modelos da empresa americana Pyka.
O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, classificou a aviação agrícola como uma atividade “estratégica e fundamental para a defesa das lavouras”, destacando o protagonismo do Estado na atividade. Ele criticou as tentativas internacionais de desqualificar o agro brasileiro e reforçou o papel da educação técnica na modernização do setor.
O deputado estadual Ondanir Bortolini (Nininho) afirmou que a aviação agrícola é peça-chave para a competitividade do agro e criticou discursos ambientalistas que tentam restringir a atividade. “Se não tivéssemos a aviação agrícola, nossa produção não teria a escala que tem”, disse.
Também participaram do evento representantes da Famato, Aprosoja/MT, Ministério da Agricultura, Indea/MT e da Prefeitura de Santo Antônio de Leverger, todos destacando a importância do Congresso para o fortalecimento institucional e técnico da atividade.
A coordenadora administrativa do Sindag, Marília Schüller, apresentou uma prévia da programação, que inclui:
O Congresso contará ainda com o encontro da Associação das Mulheres da Aviação Agrícola (Amag) e espaço para networking entre empresas, técnicos, estudantes e produtores.
Além de apresentar inovações, o Congresso AvAg também será palco para discussões sobre regulação, políticas públicas e capacitação profissional. Uma das pautas prioritárias, segundo o Ministério da Agricultura, é o apoio à formação de novos pilotos agrícolas, diante da crescente demanda e alto custo de qualificação.
Para a presidente do Indea, Emanuele de Almeida, o evento também será essencial para revisar legislações estaduais e alinhar as necessidades do setor às ações do poder público. Já a vice-prefeita de Santo Antônio de Leverger, Giseli Paim, celebrou o impacto positivo do evento na economia local e reforçou o apoio da prefeitura à nova edição.
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