Pesquisadores falam sobre cultura de tecidos na Casa da Fepagro

02.09.2009 | 20:59 (UTC -3)

Aplicações da cultura de tecido na agricultura foi o tema do painel, nesta quarta-feira (02/09), na Casa da Fepagro, na Expointer 2009.

Os painelistas foram os pesquisadores Lia Rodrigues, Adilson Tonietto e Rita de Cássia Sobrosa. A Fepagro promove até sexta-feira, às 10h e às 14h30, importantes painéis sobre assuntos de interesse do agronegócio gaúcho.

A cultura de tecidos vegetais é uma técnica com grande aplicação na agricultura. Pequenos fragmentos de tecido vivo, chamados explantes, são isolados de um organismo vegetal, desinfetados e cultivados assepticamente, em meio de cultura apropriado. O processo busca obter nova planta idêntica à original. A técnica pode ser empregada para a multiplicação de espécies de difícil propagação e limpeza clonal.

A pesquisadora Lia Rodrigues, do Laboratório de Cultura de Tecidos, da Fepagro, explica que o processo de limpeza clonal permite a produção de mudas livres de vírus. Essa técnica consiste em cultivar meristemas livres de vírus e induzir a formação de material propagativo geneticamente idêntico a variedade original. A especialista já utiliza essa técnica com as culturas da cana-de-açúcar, mandioca, batata doce, além das plantas ornamentais nativas, com amplo potencial para exploração comercial, como coral-da-serra e ora-pro-nobis.

O projeto sobre “Potencialidades e valorização de um recurso genético nativo: investigação e perspectivas do uso comercial dos frutos do butiazeiro” foi o assunto do painel apresentado pelo pesquisador da fundação, Adilson Tonietto. O trabalho é desenvolvido pela Fepagro em parceria da UFRGS, CPACT/Embrapa e UFPel. Segundo o especialista, a pesquisa busca gerar e disponibilizar tecnologias sobre o butiazeiro.

Conforme o especialista, os butiazais do litoral médio do Rio Grande do Sul tiveram importância econômica entre as décadas de 30 e 50 pela utilização de suas folhas na fabricação de colchões. Com o surgimento da indústria petroquímica, explica, esta importância foi perdida e, atualmente, as populações de butiazais sofrem pressão da lavoura de arroz, reflorestamento e da pecuária. A valorização econômica desta espécie, com a utilização econômica de seus frutos ou folhas, é uma forma de tornar suas áreas de ocorrência produtivas e favorecer a sua preservação, afirma o pesquisador.

A engenheira florestal Rita de Cassia Sobrosa Trento, pesquisadora da Fepagro Florestas, de Santa Maria, explicou o estabelecimento de protocolos para a micropropagação de espécies florestais nativas e exóticas em suas diversas fases de desenvolvimento. Além disso, Rita de Cassi falou sobre as espécies lenhosas que estão sendo estudadas, bem como quais os meios de cultura que estão sendo testados.

Gislaine Freitas

Fepagro

(51)32.888036 /

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