Brasil registra novos avanços no combate à febre aftosa
Os resultados de anos de trabalhos em conservação de solos no Noroeste do Estado foram apresentados segunda-feira (26/10), por um grupo coordenado pelo pesquisador aposentado da Universidade de Wisconsin John Murdock e pelos professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) João Mielniczuk e Gerzy Marasquin.
De manhã, a Gerência Regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa apresentou, para o grupo, os resultados de 17 anos de trabalhos desenvolvidos pela Instituição, com enfoque na conservação de solos e água em microbacias hidrográficas no município de Dr. Maurício Cardoso. "Esse município é um exemplo em conservação ambiental. As águas dos rios estão sempre limpas e onde não se enxerga erosão. Aqui teve um conjunto de práticas, como terraceamento e plantio direto, que garantiram essa qualidade", explicou o gerente regional, Aldo Shmidt.
Para conferir os resultados da Operação Tatu, depois de 40 anos de sua implantação, à tarde, o grupo visitou Arni Heimerdinger, um dos 12 primeiros agricultores beneficiados com a Operação. "Naquela época, nós mudavamos de área conforme ela ia perdendo a fertilidade, mas, com a Operação Tatu, recuperamos a terra e voltamos a produzir", relembra o agricultor. Hoje, são mais de 30 hectares, no interior de Santa Rosa, onde são cultivados milho, soja, pastagens e frutas.
O pesquisador Murdock, que no final da década de 60 coordenou a equipe de professores da Ufrgs que realizou as análises de terra para a Operação Tatu, hoje com 82 anos, se diz realizado em ver os resultados do trabalho. "A única coisa que crescia aqui era a barba-de-bode", exclama ele, vendo a extensa área de milharal.
Contemplar o desenvolvimento rural, a preservação e conservação dos recursos naturais são ações que contemplam a Frente Programática Responsabilidade Ambiental, promovida pela Emater/RS-Ascar em consonância com os Programas Estruturantes do Governo do Estado.
OPERAÇÃO TATU
Na década de 60, os solos da região Noroeste do Estado estavam desgastados devido aos sucessivos plantios de soja e ao manejo inadequado da terra. A impossibilidade de produzir forçava as famílias a saírem de suas terras a procura de outras ou em busca de empregos na cidade. Uma equipe de professores da Ufrgs, coordenada pelo pesquisador americano da Universidade de Wisconsin, John Murdock, realizou análises de fertilidade dos solos e concluiu que a quantidade de calcário utilizada para adubação era inferior à necessária.
O trabalho de análises e correções dos solos foi chamado Operação Tatu, que resultou da união de esforços entre pesquisadores, Associação Rural e Emater/RS-Ascar. Em Santa Rosa, a Operação foi coordenada pelo engenheiro agrônomo aposentado da Emater/RS-Ascar, Paulo Sérgio Kappel, à época vice-presidente da Associação Rural.
A operação foi chamada de Tatu devido aos buracos feitos na terra para a retirada das amostras que seriam analisadas na Ufrgs. Num primeiro momento, foram feitas 2.800 análises.
Alice Pavanello
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional Santa Rosa
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