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Previsão do Mapa para segunda etapa da campanha oficial de vacinação, em novembro, é de 190 milhões de doses. Para o ano, o consumo é estimado em 386 milhões de doses de vacinas contra febre aftosa.
O Brasil vem registrando sucessivos avanços no combate à febre aftosa, reflexo do intenso trabalho do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da indústria veterinária, que já colhe bons resultados, especialmente quanto a maior confiabilidade do mercado internacional à carne bovina brasileira.
Na segunda etapa oficial da campanha de vacinação contra a doença, a previsão do Mapa para o mês de novembro, que concentra o maior volume de comercialização de vacinas do período, é de 190 milhões de doses. A demanda total prevista pelo Mapa para o ano de 2009, de 386 milhões de doses.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), a vacina, que passou por processos adicionais de purificação e é livre de proteínas não-estruturais, produzidas naturalmente pelo vírus da vacina durante a fabricação, está disponível aos pecuaristas para as campanhas oficiais de vacinação em 2009, o que representa um grande avanço na erradicação da febre aftosa.
"Isso porque permite que as investigações sorológicas das autoridades brasileiras tenham maior precisão, condição essencial para assegurar a condição de "área livre com vacinação" junto à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE)", explica Emilio Salani, presidente do Sindan. Além disso, a carne brasileira também passa a ter mais valor no mercado internacional, uma vez que a vacina diferenciada proporciona maior segurança aos programas de sanidade animal e também atende às exigências de muitos dos países que atualmente impõem barreiras sanitárias ao Brasil.
Um episódio positivo foi comemorado pelo setor pecuário recentemente, quando autoridades sanitárias da Indonésia comunicaram ao Mapa a aprovação de cinco estabelecimentos frigoríficos para exportação de carne bovina in natura àquele mercado. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, a Indonésia é um país bastante restritivo em relação às exigências para aquisição de carne bovina e o anúncio é resultado de missão técnica daquele país, ocorrida em maio de 2008, em que foram verificadas as garantias sanitárias relativas ao controle da febre aftosa e as condições de abate de bovinos no Brasil.
Por sua vez, o Mapa continua trabalhando intensamente na evolução do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA). Por meio da Superintendência no Mato Grosso do Sul (SFA/MS), entregou mais 1,3 milhão de doses de vacina contra febre aftosa ao SENASAG. A cooperação com a Bolívia é essencial para a erradicação da febre aftosa do território brasileiro. A faixa fronteiriça do Brasil com a Bolívia tem três mil quilômetros e envolve MT, MS, AC e RO, área coberta pelo plano emergencial acordado para reforçar as ações conjuntas de fiscalização. Uma parceria com os serviços estaduais de defesa agropecuária tem permitido ao Mapa ampliar o controle do trânsito de animais na região, aumentando o número de fiscais federais instalados em barreiras fixas e móveis.
"Possuir uma boa estrutura de vigilância e defesa nas áreas fronteiriças e apoiar os vizinhos mais carentes são ações fundamentais atualmente em nosso continente. Outra ação de destaque está na prioridade dada aos territórios classificados como áreas de risco como a região do Baixo Amazonas e dos Estados do Nordeste", analisa Emilio Salani.
O Sindan, por meio da Central de Selagem de Vacinas, localizada em Vinhedo (SP) mantém armazenagem de um estoque de segurança de vacinas, utilizado apenas em caso de emergência, estimado atualmente em 60 milhões de doses (aproximadamente 15% do consumo nacional). Todas as vacinas que saem da Central de Selagem de Vacinas possuem um selo holográfico atestando que a vacina é genuína, ou seja, que passou por todos os testes de qualidade na indústria e, posteriormente, nos laboratórios oficiais do governo – processo que dura cerca de 9 meses para serem concluídos. Além disso, há ainda a garantia de que o produto foi cuidadosamente manipulado dentro das condições de temperaturas exigidas (entre 2ºC e 8ºC), desde a saída da fábrica até o momento da compra pelo canal de comercialização certificando que o processo de disponibilização da vacina foi devidamente controlado pelas autoridades.
Fonte: Texto Assessoria de Comunicações: Tel. (11) 2198-1888
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