Pesquisadores chineses apresentam resultados de molibdênio contra TBS

O elemento influencia a atividade de enzimas importantes e tem sido associado à resistência das plantas a estresses abióticos

24.01.2024 | 14:26 (UTC -3)
Schubert Peter, Revista Cultivar
doi.org/10.1016/j.pestbp.2024.105803
doi.org/10.1016/j.pestbp.2024.105803

Pesquisadores chineses investigam o uso de molibdênio (Mo) no combate à doença conhecida como canela-preta ou "tobacco black shank" (TBS), causada por Phytophthora nicotianae. Foi explorado o potencial do Mo como alternativa sustentável e eficaz para controlar o oomiceto. Os resultados foram promissores.

Phytophthora nicotianae afeta várias fases de desenvolvimento do tabaco, com maior incidência durante a fase de crescimento no campo. Seus sintomas usuais são manchas pretas características nas plantas.

Os métodos atuais de controle da TBS incluem a seleção de variedades resistentes, práticas de manejo agronômico e controles químicos e biológicos. No entanto, esses métodos têm limitações.

O molibdênio (Mo), elemento essencial para as plantas, tem mostrado potencial contra o TBS. Ele influencia a atividade de enzimas importantes e tem sido associado à resistência das plantas a estresses abióticos. Além disso, o Mo tem propriedades antibacterianas. Seu efeito sobre o crescimento de fungos ainda requer melhor entendimento.

O estudo dos pesquisadores chineses investigou se o Mo inibe diretamente o P. nicotianae e se regula os mecanismos de defesa do tabaco contra a TBS. Foram realizados testes in vitro e experimentos em vasos para examinar os efeitos inibitórios do Mo sobre o patógeno e entender os mecanismos fisiológicos envolvidos.

Como resultados, os cientistas apontaram que o molibdênio (Mo) inibiu significativamente o crescimento micelial de P. nicotianae e causou danos na estrutura morfológica das hifas do fungo. Sua aplicação no solo reduziu a gravidade da doença. Além disso, o Mo aumentou parâmetros fotossintéticos e conteúdos de pigmentos fotossintéticos nas folhas de tabaco, bem como a expressão de genes de resistência. Também melhorou a atividade de várias enzimas antioxidantes em plantas de tabaco. E regulou o metabolismo de nitrogênio e aminoácidos em tabaco para protegê-lo contra a infecção por P. nicotianae.

A equipe que realizou os estudos é composta por Bingjie Yu e Junling Li (College of Tobacco Science, Zhengzhou, China); Mohamed G. Moussa (International Center for Biosaline Agriculture, Dubai; Soil and Water Research Department, Cairo); Wenchao Wang, Shaosen Song, Zicheng Xu, Huifang Shao, Wuxing Huang, Yongxia Yang, Dan Han e Bingjun Dang (College of Tobacco Science, Zhengzhou, China); Jiayang Xu (College of Resources and Environment, Henan, China); Wei Jia (College of Tobacco Science, Zhengzhou, China).

Mais informações em doi.org/10.1016/j.pestbp.2024.105803

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

LS Tractor Fevereiro