Pesquisador recebe prêmio por inovação na produção de mudas

O trabalho de Harllen aliou a microbiolização ao mais recomendado método de multiplicação de mudas de bananeira, a propagação vegetativa in vitro ou micropropagação

21.12.2015 | 21:59 (UTC -3)
Léa Cunha

O engenheiro-agrônomo Harllen Sandro Alves Silva, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), recebeu o prêmio Inventor UFRB 2015 pelo produto e processo de produção de mudas por microbiolização. O troféu foi concedido pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Criação e Inovação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) "em reconhecimento ao desenvolvimento de sua inovação tecnológica e à contribuição que ela trará para o desenvolvimento da ciência e tecnologia no Brasil", segundo texto do convite enviado ao pesquisador.

O trabalho de Harllen aliou a microbiolização ao mais recomendado método de multiplicação de mudas de bananeira, a propagação vegetativa in vitro ou micropropagação que é, atualmente, a maneira mais segura e rápida de se obter mudas de qualidade, livres de doenças importantes como a sigatoka-negra, sigatoka-amarela e mal-do-Panamá. "A micropropagação é composta, em resumo, de duas fases: o enraizamento in vitro e a aclimatização, com as plantinhas já em casa de vegetação. Resumidamente, o que fizemos foi introduzir bactérias nas duas fases para tentar reduzir o tempo de enraizamento e aclimatização", explica.

A cerimônia de premiação aconteceu durante o III Seminário Estudantil de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, no auditório da Biblioteca Central da universidade, no campus de Cruz das Almas. "É sempre motivador perceber que os resultados de um projeto foram alcançados do ponto de vista científico, mas também por vislumbrar uma aplicação imediata no processo agrícola. Ressalto ainda que esse prêmio é um estímulo sem precedentes para os bolsistas da Unidade como um todo, especialmente para aqueles que compuseram a equipe do projeto", afirma Harllen Silva, que tem mestrado e doutorado em Fitopatologia e pós-doutorado em Fitossanidade e também é professor permanente do curso de mestrado em Microbiologia Agrícola da UFRB. Além dele, o projeto houve a participação de Rosiane Silva Vieira, Kaliana Sírio Araújo, Liliane Luquine e Karoline Viana Cardoso, à época estudantes do mestrado.

Patente

A pesquisa desenvolvida gerou, em outubro de 2013, o requerimento da patente de invenção "Produto e processo de produção de mudas por microbiolização" junto ao Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC) e ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Se aprovada, a patente terá validade de 20 anos a partir do requerimento.

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