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O cancro voltou a crescer nos pomares de laranja do estado de São Paulo. Em 2010, o Fundecitrus estimou que 0,44% das árvores apresentavam a doença; em 2011, já era 1%. Diante do reaparecimento deste grave problema da citricultura, pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea), da Esalq/USP, desenvolvem estudo sobre os benefícios econômico, ambiental e social comparativamente ao custo das diferentes estratégias que citricultores paulistas têm adotado para a prevenção e controle desta doença e também do HLB (greening). A pesquisa foi demandada pelo Fundecitrus e seus resultados podem contribuir na orientação de ações fitossanitárias dos setores privado e público.
O trabalho está em curso e, nesta quinta-feira (31), na Semana da Citricultura, a equipe Cepea apresentou os resultados econômicos preliminares obtidos especificamente nas ações de prevenção e combate do cancro no estado de São Paulo.
A pesquisadora responsável por este estudo, Sílvia Helena G. de Miranda, professora da Esalq/USP, explica que o primeiro passo foi a identificação dos fatores que determinam o avanço da doença nos pomares. A partir de então, foram elencadas diferentes formas que citricultores paulistas estão adotando para prevenir e lidar com o cancro – ainda que o procedimento legal seja a eliminação das plantas diagnosticadas com a doença. Para cada estratégia ou cenário, têm sido calculados os benefícios econômico, social e ambiental decorrentes de cada real investido. “A perspectiva é de quanto se deixa de perder com o tratamento adotado”, explica.
Sílvia Miranda adianta que, na projeção de 20 anos, considerando-se cinco cenários de prevenção, controle e expansão do cancro na região noroeste do estado de São Paulo – a mais afetada –, os resultados extremos são:
- Prevenção: para cada real investido, o benefício é de R$ 56,24
- Expansão da doença, sendo 20% das plantas erradicadas e 80% pulverizadas: para cada 1 real investido, é perdido R$ 1,11.
“Os resultados evidenciam que, se apenas uma fração dos citricultores realiza o controle, e a doença permanece em expansão, as perdas são maiores. Se houver um sistema de prevenção e controle com apoio em inspeções e erradicação, os benefícios se elevam”, avalia a professora Sílvia.
Ele completa que ainda não foram computados os prejuízos com o diferencial de preços para frutas de mesa em decorrência da perda de sua qualidade nem os impactos ambientais e sociais.
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