Pesquisa demonstra que RS tem baixa adesão no uso de inoculante na soja

10.02.2009 | 21:59 (UTC -3)

Apenas 46% dos produtores do estado do Rio Grande do Sul fazem uso de inoculantes nas plantações de soja, demonstra a primeira pesquisa nacional realizada pela ANPII (Associação dos Produtores e Importadores de Inoculantes) sobre a utilização da técnica nas diferentes regiões do País.

Segundo Solon C. de Araujo, consultor técnico e de marketing da ANPII, o número se destaca pelo fato do estado ser o terceiro maior plantador de soja e justamente onde teve início o uso comercial do inoculante no País. Para o diretor, isso demonstra a necessidade de um trabalho de difusão maior da técnica na região, já que se trata de uma importante auxiliar no aumento da produtividade e fertilidade dos solos.

Em geral os estados do Centro Oeste apresentaram na pesquisa um maior índice de uso do produto: Piauí com 90%, Bahia com 92%, Mato Grosso do Sul com 88%. Merece destaque o estado do Maranhão, onde 100% dos entrevistados afirmaram fazer uso da tecnologia.

A finalidade da pesquisa foi de orientar, de forma fundamentada, as estratégias de marketing das empresas associadas à ANPII, que a partir dos valiosos dados apresentados, poderão conhecer melhor seus clientes e se adequar para satisfazer suas necessidades.

Entre as informações adquiridas, destaca-se também a utilização do uso de inoculantes por cerca de 75% dos produtores consultados, número estimado que, apesar de contar com certa margem de erro, demonstra uma boa aceitação do produto pelo mercado.

Sobre a importância do inoculante para a cultura da soja, 42% julgaram muito importante e 41% importante, o que mostra a boa percepção do produto.

Um dado fundamental para o trabalho das empresas refere-se à pergunta "Por que não usa inoculante?". 16% dos entrevistados não acreditam em suas vantagens. A maioria, 38%, não usa por julgar que dá muito trabalho fazer a mistura com as sementes. Aqui se abrem duas perspectivas para as empresas: divulgar mais intensamente os dados que mostram o aumento de lucro com o uso do inoculante; e desenvolver produtos ou processo de inoculação que facilitem seu uso. Outro dado importante obtido é de que 33% não usam por acreditarem que a bactéria já existente no solo é suficiente para prover todo o nitrogênio necessário, o que contraria dados de pesquisas que dizem ser necessário inocular anualmente para se obter produtividade máxima.

Mais dados sobre esta pesquisa poderão ser obtidos na página da Associação:

Fonte: Newslink - (19) 3579.2233

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