Paraná inicia plantio de trigo e espera rentabilidade na safra de inverno

Após atrasos na colheita da soja e plantio do milho segunda safra, produtores apostam em aumento da área plantada e boas margens financeiras no cultivo do trigo

06.04.2023 | 14:23 (UTC -3)
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Foto: Luiz Henrique Magnante
Foto: Luiz Henrique Magnante

A safra de inverno iniciou no Paraná com o plantio de trigo. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, os trabalhos envolvem municípios ao Norte do Estado, respeitando o Zoneamento Agrícola de Risco Climático divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Embora a previsão seja que o plantio do trigo se estenda até o final de maio, os trabalhos ainda não ganharam intensidade, pois a prioridade é a colheita da soja e o plantio do milho segunda safra, que estavam atrasados. Esse atraso é um dos fatores que contribuíram para o incremento de 13% na área de trigo neste ano em comparação a 2002, chegando a 1,36 milhão de hectares.

Alguns produtores testaram plantios mais precoces (março) para conseguir semear uma segunda safra no outono/inverno. No entanto, devido ao alto risco agronômico e financeiro, o volume de área não alcança 1%.

A motivação do triticultor em relação ao plantio do trigo também é devida à expectativa de rentabilidade. No ano passado, grande parte dos produtores teve margens positivas, e agora, mesmo com a queda dos preços, eles apostam em resultados positivos.

Em relação à colheita da soja, os trabalhos avançaram 12 pontos porcentuais na última semana, com a colheita de aproximadamente 700 mil hectares. Esses números estão próximos da média histórica para o período, trazendo normalização para a cultura.

Já a primeira safra de milho teve a colheita encerrada em 70% da área total estimada em 387 mil hectares, e a segunda safra teve o plantio praticamente encerrado, com 99% dos 2,5 milhões de hectares semeados.

Em relação ao feijão, o boletim aponta que na última semana, os preços se mantiveram estáveis comparativamente à semana anterior, com o feijão de cores comercializado em média a R$ 408,00 a saca, enquanto o tipo preto ficou em R$ 267,00. A segunda safra está em campo em área de 296 mil hectares, com produção estimada em 589 toneladas e desenvolvimento considerado satisfatório, com 93% da área em boas condições e o restante, medianas.

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