StoneX aponta recuperação do mercado global de cacau
Clima segue como fator-chave, mas safras mais favoráveis fora da África impulsionam superávit de 287 mil toneladas em 2025/26
A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) defendeu recentemente, durante a 25ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, a criação de um índice de ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) negociado em Bolsa. A proposta foi apresentada pelo presidente do conselho da entidade, Gustavo Rattes de Castro (na foto).
A iniciativa surge como um convite à reflexão sobre os caminhos de modernização e transparência na formação de preços da cana-de-açúcar, principal matéria-prima da bioenergia brasileira. Segundo Rattes, a ideia de um índice de ATR com cotação pública e referência de mercado poderia contribuir para aumentar a previsibilidade e reduzir a assimetria de informações entre produtores e usinas, fortalecendo toda a cadeia produtiva.
“O setor sucroenergético brasileiro evoluiu muito em tecnologia, sustentabilidade e competitividade global. Mas, ainda temos desafios estruturais na formação de preços. Um índice de ATR negociado em bolsa poderia representar um avanço significativo em transparência e governança, beneficiando todos os elos da cadeia”, destacou.
Atualmente, a Orplana representa mais de 12 mil produtores de cana em todo o país, atuando em pautas que envolvem governança, inovação e sustentabilidade econômica. A discussão sobre os mecanismos de precificação mais abertos e modernos também se conecta ao movimento global por mercados bioenergéticos mais líquidos e eficientes.
“Nosso papel é pensar o futuro. Não se trata de romper modelos, mas de aprimorar instrumentos de mercado que possam dar ainda mais solidez, previsibilidade e credibilidade ao setor. É uma reflexão que precisa ser construída de forma coletiva, com base técnica e diálogo institucional”, completou.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura