Conab analisa condições dos cultivos de segunda e terceira safras
O tempo seco predominou na região central do país, o que favoreceu a maturação e a colheita dos cultivos de segunda safra
Ondas de calor, seca e inundações são resultados das alterações climáticas nos últimos 60 anos. Levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), indicou a possibilidade de aumento na frequência, intensidade ou duração desses eventos extremos climáticos.
A publicação das Normais Climatológicas do Brasil para o período de 1991-2020 fez um comparativo com a edição anterior (1961 - 1990), e tinha como objetivo principal analisar as mudanças no clima do Brasil nos últimos 60 anos. De modo geral, houve redução de chuva e elevação das temperaturas do país em 1,5°C (tons em laranja e vermelho nos mapas da figura 1).
As regiões Nordeste, Norte e parte da Região Centro-Oeste foram as que tiveram mais alterações, conforme o levantamento. O mapa da figura 1a mostra que na divisa dos estados do Pará e Tocantins, bem como na divisa entre o Maranhão e o Piauí, as temperaturas estão acima 1,5°C.
Destaque para as estações meteorológicas do Inmet localizadas em Palmas, com aumento de 2,0°C; em Conceição do Araguaia, com 1,9°C; e em Floriano, com 1,6°C.
Nas temperaturas máximas e mínimas foram observadas tendências de aumento no centro-norte do país. Em São Gabriel da Cachoeira (AM), foi observado aumento de 2,2°C; em Bacabal (MA), aumento de 1,8°C nos valores de temperatura máxima (figura 1b).
Ainda conforme o levantamento, nos últimos anos, na divisa do Pará com Tocantins, as temperaturas durante as manhãs se mostram cada vez mais elevadas (figura 2). Foi observado acréscimo de 2,6°C nas temperaturas medidas pelas estações meteorológicas de Conceição do Araguaia e Palmas.
Já nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o aumento é menor. O sudoeste do Rio Grande do Sul, por sua vez, teve um ligeiro resfriamento nas temperaturas (-0,2°C).
Sobre a chuva, o levantamento observou redução em toda a Região Nordeste (tons laranja no mapa da figura 3), com valores maiores que 100 milímetros (mm). O destaque ficou com a estação de Cipó (BA), onde houve redução do acumulado de chuva anual de 685,8 mm; seguido por Parnaíba (PI), com redução de 599,5 mm; e Aracaju, com 505,9 mm.
Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, além de algumas áreas da Região Norte, também foram identificadas reduções de chuva (tons em amarelo no mapa da figura 2), com valores entre 50 e 100 mm.
Já na Região Sul, oeste da Região Norte e áreas da Região Sudeste, as chuvas apresentaram um aumento de 100 a 250 mm nos últimos anos (tons de azul), principalmente, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Roraima e Acre.
Em Codajás (AM) houve aumento de 741,9, em Bambuí de 590,2 mm e em Chapecó de 509,1 mm.
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