Oeste baiano: inovação e tecnologia devem marcar investimentos no campo na próxima década

Em plena expansão, região que integra o Matopiba busca eficiência, alta produtividade e sustentabilidade

11.03.2020 | 20:59 (UTC -3)
Daniel Navarro

A nova fronteira agrícola do País, que compreende a região do Matopiba (MA, TO, PI e BA) não apenas deve contribuir para elevar a participação do agronegócio no PIB brasileiro, como abrir novas possibilidades para o abastecimento global de alimentos na próxima década. A produção deve alcançar cerca de 25,4 milhões de toneladas de grãos em 2027/28 na região, atingindo uma área plantada de 8,8 milhões de hectares, segundo projeções da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Sire/Embrapa).

Um dos protagonistas desta agenda positiva deve ser o milho segunda safra. Híbridos com tecnologia empregada, adaptados ao Cerrado e aptos a obter novos patamares em produtividade estarão expostos aos produtores do Centro-Nordeste na Agro Rosário, que acontece de 13 a 15 de março em Correntina, no oeste da Bahia.

Entre os destaques deste ano nas parcelas demonstrativas estão os precoces MG593, com ampla adaptação a condições de solo e clima; o MG515 que traz excelente qualidade de colmo; o MG545 que tem despertado o interesse no mercado pela qualidade de grão; além do MG711, demonstrando desempenho acima da média em sacas por hectare.

“Tecnificada, profissionalizada e com áreas de alto potencial produtivo, a região tem condições de dar um salto significativo para atender a demanda interna e externa nos próximos anos. Os investimentos em melhoramento genético, tecnologia e agricultura de precisão vêm apoiar o produtor em seu planejamento e tomada de decisão, além de impulsionar toda a cadeia de valor”, diz Gabriela Bordini, gerente de desenvolvimento de mercado da Morgan.

Os materiais apresentados no evento estão disponíveis com a biotecnologia PowerCore Ultra, que possui ação quádrupla das proteínas inseticidas reduzindo a chance de resistência simultânea e auxiliando no manejo das principais pragas que atacam a cultura do milho, como a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), broca-do-colmo (Diatraea saccharalis), lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) e lagarta-preta-das-folhas (Spodoptera cosmioides). Outras duas proteínas conferem tolerância aos herbicidas glifosato e glufosinato de amônio, o que proporciona controle de um amplo espectro de plantas daninhas e permite que a lavoura expresse seu máximo potencial produtivo, simplificando e reduzindo custos de manejo. A tecnologia tem a aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

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