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PUBLIEDITORIAL
Quando o assunto é semente, muitos mitos ainda circulam, impactando diretamente nas decisões que influenciam o sucesso da lavoura. Embora todas as sementes certificadas sigam padrões mínimos de qualidade, elas não são iguais, pois existem diferenças importantes entre lotes, variedades e níveis de vigor. Questões como o uso de sementes salvas, o preço como indicativo de desempenho ou até a simples taxa de germinação como sinônimo de sucesso no campo são apenas algumas das ideias equivocadas que ainda persistem.
O diretor de Negócios da Satis, Jair Unfried, ajuda a esclarecer o que é mito e o que é verdade no universo das sementes, destacando o papel fundamental da qualidade, do manejo e da orientação técnica para alcançar altas produtividades. Jair tem mais de 15 anos de experiência na indústria de sementes, com passagens por marcas globais como Syngenta e GDM Seeds (Grupo Don Mario), além de instituições brasileiras de renome como a Tropical Melhoramento & Genética (TMG) e a Fundação Mato Grosso.
Toda semente certificada é igual?
Mito. Existem diferenças de qualidade - determinadas pelas taxas de germinação e de vigor - entre lotes diferentes de sementes. Há diferenças genéticas entre as sementes, quando se compara variedades e/ou híbridos diferentes; há também diferenças no tamanho de sementes, determinado por tamanho e classificação de peneiras, dentre outros exemplos.
A semente salva (de uso próprio) é mais barata e tem o mesmo desempenho?
Mito. Pode apresentar menor custo – ser mais barata, dependendo das condições de produção, mas certamente não tem o mesmo desempenho agronômico de uma semente certificada, a qual possui um controle rígido de qualidade e, por consequência, entrega mais produtividade para o agricultor.
Quanto maior a germinação no laudo, melhor o desempenho no campo?
Mito. A alta germinação precisa estar acompanhada de um alto vigor. Somente assim, ela entregará um alto desempenho. A alta germinação por si só, não garante alto desempenho.
A semente mais cara garante mais produtividade?
Mito. O preço da semente é determinado por fatores comerciais e de negócios, bem como de características técnicas e da tecnologia embarcada na semente. Por isso, nem sempre, maior preço garante maior produtividade. Um Eng. Agrônomo sempre analisará os fatores envolvidos no preço da semente, e auxiliará na tomada de decisão mais assertiva para cada situação, sistema de produção e propriedade.
A qualidade de semente é decisiva para o estande inicial?
Verdade. Quanto maior a qualidade (germinação e vigor), melhor será o estabelecimento do estande inicial, e maiores serão as chances de alta produtividade da lavoura, no caso de condições climáticas serem adequadas ao longo da safra, e de uma boa e alta qualidade no manejo desta lavoura.
O tratamento de sementes é essencial para um bom resultado?
Verdade. Um tratamento de sementes de qualidade é essencial, pois garante proteção das sementes a pragas e doenças, e comumente agrega tratamentos nutricionais, dependendo da tecnologia utilizada. Também auxilia na conservação das sementes, até ocorrerem as condições climáticas e de umidade do solo adequadas para ocorrência do processo de germinação, emergência e estabelecimento inicial das lavouras.
Escolher a variedade correta para cada ambiente é a melhor estratégia?
Verdade. É a principal estratégia e permite ganhos significativos de produtividade. Um Eng. Agrônomo sempre pode recomendar a melhor variedade ou híbrido para cada ambiente e sistema de manejo.
Sementes transgênicas dispensam cuidados no manejo?
Mito. Os cuidados no manejo são necessários e indispensáveis, independentemente se as sementes são transgênicas ou não. Sistemas de produção que visam alta produtividade e lucratividade, exigem manejo de alta qualidade.
O manejo da semeadura influencia mais do que a tecnologia isolada?
Complementares. O manejo de semeadura e o uso de tecnologia são ferramentas complementares para sistemas de produção de alta produtividade, alta lucratividade e alta performance.
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