O papel do líder nos novos rumos do agro brasileiro

Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio debate as mudanças culturais nas organizações e os novos desafios dos gestores do setor

28.06.2021 | 20:59 (UTC -3)
Juliana Bonassa

As mudanças recentes no mundo obrigarão as organizações do agro, seus gestores e empreendedores, a ficarem mais próximos de seus clientes e desenvolverem a capacidade de resolver problemas que surgirão com a velocidade multiplicada da digitalização.

Essas mudanças implicarão em uma nova cultura empresarial, uma nova visão dos negócios e um novo timing gerencial das operações. Essa mudança coorporativa será tema da 6ª edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio - CNMA, que debaterá como obter sucesso frente aos desafios dos novos tempos, nos dias 25, 26 e 27 de outubro, em formato Digital Experience, com o tema “Digital & Agregação de Valor. A nova liderança no Agro”.

“Mudanças tão profundas, vivenciadas nos últimos meses, implicarão em uma mudança cultural nas empresas, que exigirão, ainda, uma atitude educadora radical do líder, que terá a responsabilidade de adaptar e lapidar seus recursos humanos. Esse é o foco de discussão para o CNMA, quando colocaremos em debate o papel da liderança nesse novo momento do setor”, destaca a Show Manager do evento, Carolina Gama.

Reinvenção do agro 

À frente de uma das mais antigas entidades do agronegócio nacional, a presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Teka Vendramini, acredita que as mudanças vividas por conta da pandemia oferecem novos desafios aos líderes, principalmente do setor, tendo o papel estratégico de importância da produção do campo, para a alimentação mundial.

“Gosto muito de colocar isso em pauta, principalmente nesse momento que estamos passando, com a pandemia, em que o Brasil tem safras e produções recordes, nos colocando no papel de maior fábrica de alimentos do mundo. Estamos vivendo ainda no imponderável da vida e, essa fragilidade é uma crise transformadora”, afirma ela.

Para Teka, a pandemia fez com que todos tivessem uma percepção muito grande da importância da sanidade humana e animal, da segurança do alimento e da importância da consistência do sistema de controle sanitário. “Acho que começamos a nos cercar e perceber, cada vez mais, pontos que não eram tão relevantes nos julgamentos, que não nos preocupávamos tanto. Por isso é importante trazer para o debate o papel dos líderes no entendimento desse contexto, entendendo como o agronegócio está se reinventando”, aponta.

Liderança à frente do seu tempo 

A presidente da SRB destaca, como um dos pontos-chaves que devem ser desenvolvidos pelos líderes, a flexibilidade mental. “Estamos repensando os nossos negócios, como administrar as empresas. Tenho uma preocupação muito grande com a gestão, pois temos que ouvir nossas equipes e nos cercar de profissionais capacitados e inteligentes. Além disso, o líder precisa transmitir segurança e, de alguma maneira, elevar o espírito das pessoas que trabalham a nossa volta. Na minha opinião, a liderança tem que fazer essa integração, tem que levar e elevar o espírito dessas pessoas e mostrar que nós vamos continuar caminhando”, reforça.

Nesse pensamento, Teka entende que o mundo digital impactou diretamente as lideranças, que precisaram se adaptar rapidamente ao mundo virtual, com a capacitação da equipe para viver esse novo momento. “Vivemos um período muito digital, em que as relações se desenvolveram pela tecnologia. Diversas empresas passaram por dificuldades quanto à capacidade de se adaptar ao uso das ferramentas on-lines. Foi um momento intenso de transferência de conhecimento entre as pessoas. Sem dúvida esse foi um desafio de liderança”, afirma.

Inscrições abertas

As inscrições para o 6º CNMA estarão abertas a partir do dia 1º de julho.  Mais informações ou para  participar do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio aqui.

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