No Dia Mundial da Alimentação, atividade na Praça abre a Semana da Alimentação RS 2011 em Porto Alegre/RS

17.10.2011 | 21:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/

No Dia Mundial da Alimentação, comemorado no domingo (16), um ato inter-religioso abriu, oficialmente, a Semana da Alimentação RS 2011 com a atividade Praça de Segurança Alimentar, no Parque Farroupilha, em Porto Alegre. Representantes do islamismo, do budismo e do espiritismo fizeram a benção e a distribuição de pães para simbolizar a partilha dos alimentos como alternativa para a redução da fome no mundo. Para a monja Budista Shoden cada um deve fazer a sua parte com o mínimo de divisão e lembrou que no budismo “todas as ações geram méritos e essa atividade (a Praça) gerará méritos de partilha e de término da ganância entre os homens”.

A importância da união entre a sociedade na busca pela paz e pela abundância de alimentos no mundo, foi lembrada pela presidente do ConseaRS e gerente técnica estadual adjunta da Emater/RS-Ascar, Regina Miranda. Segundo ela, a produção mundial de grãos é suficiente para alimentar a todos, o que ocorre é a má distribuição. “É fundamental colocar o assunto em discussão, seja nas escolas, na mídia, ou nas comunidades. A fome só perdura porque é invisível e muitas vezes não dá voto. Queremos mudar essa realidade com a fortificação de ações como a Semana de Segurança Alimentar, que coloca em pauta pelo menos uma vez por ano a temática da fome.”

A presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Sofia Cavedon, reforçou o diálogo e a educação como fatores estratégicos para a redução da fome. “Esse é um tema que não precisa de muitos investimentos, mas, sim, da construção de uma nova cultura educacional que conscientize sobre o desperdício e da nossa atuação na natureza. Temos que reconstruir a nossa posição com relação ao alimento”, afirmou a vereadora Sofia.

O objetivo da instituição da Semana da Alimentação, segundo a presidente do Conselho Regional de Nutricionista – 2ª Região, Carmem Franco, é fazer com que a sociedade tenha um momento para refletir sobre o acesso à alimentação. “O mundo está se movimentando em nome de diversas disparidades sociais. Não basta só olhar. Temos que agir para buscar uma sociedade mais justa e mais saudável.”

O professor aposentado Bruno Braun ficou encantado quando viu as sementes crioulas de feijão e milho, apresentadas pela Emater/RS-Ascar em seu estande na atividade Praça de Segurança Alimentar. Para Braun, “produtor de final de semana” em um sítio na capital, o que falta para a diminuição da fome é a educação. “É só saber plantar. Se cada brasileiro soubesse plantar um pé de aipim, alface, ou flores a situação seria diferente. Precisamos ensinar a importância de se produzir para o alto consumo, para a subsistência e de forma sustentável”, afirmou.

Os visitantes do Parque Farroupilha podem conhecer as atividades de, aproximadamente, 20 instituições que atuam com Segurança Alimentar. Além do trabalho de resgate de sementes crioulas, realizado pela Emater/RS-Ascar, estão expostas plantas comestíveis não convencionais e um cultivo de hortas orgânicas e profissionais estão orientando sobre o valor nutricional de alguns produtos.

O biólogo da Emater/RS-Ascar de Novo Hamburgo, Carlos Rocha, apresenta sementes crioulas de milho e feijão cultivadas pelos “Guardiões das Sementes”, produtores que mentem um banco genético com mais de 100 variedades repassadas ao longo de gerações. Segundo Rocha, a preservação e a valorização deste patrimônio imaterial proporcionam um meio ambiente equilibrado e segurança alimentar da comunidade.

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