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Para a produção de mel na França, os anos passam para o pior, raramente para o melhor. Um culpado: o clima. Segundo a União Nacional da Apicultura Francesa (Unaf), a produção em 2022 deve ficar entre 12.000 e 14.000 toneladas. É certo que esta campanha é melhor do que a catastrófica de 2021, que teve menos de 10.000 toneladas, mas está longe do ano de 2020, que chegou a 20.000 toneladas. E isso sem falar no final da década de 1990, quando a produção francesa mantinha índices anuais de 30.000 toneladas de mel.
Neste ano, o inverno ameno e depois a primavera suave auguravam uma boa safra, embora em algumas regiões a seca já fosse o problema. Com temperaturas amenas, as abelhas puderam se beneficiar das floradas da primavera (maio, junho e julho), exceto no Sudeste, onde o déficit hídrico já era sentido desde o início do inverno (dezembro a fevereiro). Por outro lado, as floradas de acácia eram excelentes, como é o caso da Borgonha ou da Île-de-France, ou inexistentes, por exemplo, no Sudoeste, onde as flores foram exterminadas, às vezes pelo terceiro ano seguidas, por geadas tardias, indica um comunicado da Unaf publicado em 10 de outubro de 2022.
A Unaf explica que "as mudanças climáticas, sentida pelos apicultores há quinze anos, estão aí. As florações são cada vez mais precoces e rápidas. Diante de uma seca persistente, a partir do mês de julho, em muitos lugares, a estação acabou, enquanto antes se espalhava por várias semanas no verão".
Espécies do sul, como alecrim, tomilho e garrigue, sofreram com a seca desde o início, assim como a lavanda; as colheitas de mel foram extremamente decepcionantes. As áreas montanhosas não foram poupadas por esse clima "sem água". E no Sudoeste, os apicultores também foram confrontados com incêndios.
Por outro lado, as áreas de alfafa e sanfeno têm sido mais benéficas, graças à capacidade da espécie de resistir à seca. Como na Bretanha e na Île-de-France, o feedback do campo parece bastante satisfatório. A preocupação é, portanto, real para os apicultores. As reservas para o inverno são mais do que limitadas. Considerando a predação de vespas asiáticas e europeias, os apicultores já se perguntam se as colmeias sobreviverão ao próximo inverno.
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