Cargill anuncia nomeações de Joanne Knight e de Philippa Purser
Joanne será a nova Chief Financial Officer (CFO); Philippa assume como Head of Strategy e Global Process Leader
A produção de feijão no Brasil precisa aumentar cerca de 44% até 2050 para atender a demanda projetada, o que significa aproximadamente 1,5 milhão de toneladas a mais do que a produção atual. No entanto, a pesquisa da Embrapa em parceria com a Esalq/USP indica que a elevação da temperatura do ar, decorrente das mudanças climáticas, pode ter um impacto negativo na produtividade das lavouras de feijão no Brasil. A análise aponta para um aumento de temperatura entre 1,23 ºC a 2,86 ºC, dependendo do RCP ("Representative Concentration Pathways") utilizado. As localidades mais afetadas devem ser as da Região Centro-Oeste e dos estados de Minas Gerais e Bahia.
Os pesquisadores usaram três diferentes sistemas de modelagem para estipular como será o risco climático da produção de feijão e quais serão a produção e a demanda projetadas para o grão no futuro. Eles concluíram que a elevação da temperatura do ar interfere na fase reprodutiva da lavoura, causando o abortamento de flores e a não formação de vagens e grãos na planta, o que pode levar a uma diminuição na produtividade.
O pesquisador Alexandre Bryan Heinemann sugere que o equacionamento dessa questão passa pela discussão de políticas públicas, como a expansão de novas áreas de produção de feijão e investimentos em pesquisa para a geração de cultivares mais adaptadas a estresses abióticos e a melhoria em eficiência no manejo das lavouras.
O pesquisador Alexandre Bryan Heinemann realizou um trabalho relacionado ao impacto das mudanças climáticas sobre a região produtora de arroz de terras altas no Brasil. O cultivo de arroz é feito em Goiás, Rondônia, Mato Grosso e Tocantins, entre novembro e janeiro.
Usando dados do solo, épocas de semeadura, zoneamento agroclimático e registros históricos de estações meteorológicas do Inmet, Heinemann usou o programa de computador Oryza2000 para projetar o comportamento das lavouras de arroz de terras altas em combinação com as previsões dos RCPs. Isso permitiu estimar o comportamento de fatores como a precipitação pluvial, radiação solar, temperatura do ar e concentração de gás carbônico na região pesquisada.
A combinação desses elementos mostrou que pode haver impacto do aquecimento e da mudança climática para a produção de arroz de terras altas na região central do Brasil em meados de 2050, com maior exposição do produto ao estresse e à seca.
As projeções indicam uma possível redução de 40% a 60% da água necessária às plantas de arroz. Heinemann conclui que é necessário reduzir a emissão de gases de efeito estufa para diminuir a pressão sobre o aquecimento global e mitigar possíveis mudanças climáticas. Além disso, os programas de melhoramento do arroz no Brasil precisam se concentrar em promover a adaptação da cultura à maior tolerância à seca em condições de estresse, especialmente em fases críticas, como o estágio reprodutivo das plantas e o final do ciclo das lavouras.
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