Começa na segunda-feira (7) serviço Alerta Geada do Iapar
Depois de validar com acionistas um novo plano de negócios para os próximos anos, o CTC – Centro de Tecnologia Canavieira apresentou nesta segunda-feira (7) a nova identidade visual que adotará em sua comunicação com o mercado. Segundo a empresa, o conceito gráfico espelha as novas diretrizes estratégicas definidas pelo grupo controlador do centro de pesquisas, o maior do mundo em cana-de-açúcar.
No início deste ano, o CTC deixou de operar como entidade sem fins lucrativos e foi convertido em sociedade anônima.
De acordo com o diretor comercial do CTC, Osmar Figueiredo Filho, o plano de negócios aprovado pelo Conselho de Administração focaliza uma “ruptura tecnológica”, com vistas a elevar, nos próximos anos, o padrão de produtividade agrícola e a produção industrial do setor. “A nova identidade visual do CTC está ancorada nessa visão de futuro”, resume Figueiredo Filho.
O executivo acrescenta que a partir de agora o CTC atua centrado em duas áreas chave: lançamento de variedades de cana-de-açúcar, convencionais e transgênicas e etanol de segunda geração. Ele revela ainda que a empresa buscará formar parcerias estratégicas com grupos nacionais e estrangeiros, amparada em modelos de negócios que resultem na captação de recursos para investimentos em inovação.
Figueiredo Filho enfatiza que, ao atuar como uma organização de caráter empresarial, o CTC produzirá “avanços capazes de elevar a competitividade da cadeia produtiva da cana-de-açúcar.” Ele revela que a primeira mudança será percebida com a cobrança de royalties da cadeia produtiva – por cada hectare cultivado com variedades de cana da marca CTC. Essa receita, diz o diretor, “dará a partida nos investimentos com vistas à ‘ruptura tecnológica’ que perseguimos.”
Para o executivo, a série de entraves que o setor sucroenergético enfrenta hoje está associada, sobretudo, à baixa escala de produção dos canaviais. E esta, por sua vez, decorre da complexidade do material genético disponível para plantio.
“Desenvolver uma variedade de cana pode consumir entre dez e quinze anos de estudos e pesquisas, ao custo de R$ 150 milhões”, explica Figueiredo Filho. “Apesar dessa relação, o germoplasma da planta é hoje comercializado por valores inferiores a R$ 10 por hectare.”
O executivo enfatiza: “Se não houver investimentos representativos em inovação, a cultura da cana deixará de ser atrativa para produtores.” Figueiredo Filho compara, por exemplo, que enquanto a cultura da beterraba - no Brasil chamada de minor crops, pela pouca área cultivada - registra aumento de produtividade da ordem de 45% nos últimos 15 anos, a cana não chegou a 10% de elevação, no mesmo período. “Já o milho avançou 40% e a soja, 30%”, assinala.
Na visão do executivo, os acionistas do CTC empreenderam mudanças organizacionais porque o mercado sucroenergético é hoje “altamente dependente” de saltos tecnológicos de curto prazo, que para ele somente serão viabilizados pela aplicação de recursos em inovação. “O setor anseia por tecnologias que em pouco tempo ajudem a reduzir custos e aumentar a competitividade da cadeia produtiva, atualmente ameaçada por outros países produtores de açúcar e etanol”, conclui Osmar Figueiredo Filho.
Nas últimas semanas, o bloco de controladores do CTC, liderado pelas gigantes Copersucar e Raízen, aprovou um aumento de capital de R$ 163 milhões. O montante, de acordo com Figueiredo Filho, será aplicado integralmente no novo plano estratégico da empresa.
Divulgação
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