MT Safra 2024/25: clima impacta plantio e preocupa produtores de soja

O excesso de chuvas foi o principal desafio relatado

13.12.2024 | 09:27 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações da Aprosoja-MT
Foto: Carina Gomes Rufino
Foto: Carina Gomes Rufino

Técnicos da associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) percorreu cinco cidades da região leste do estado para avaliar as condições das lavouras. O excesso de chuvas foi o principal desafio relatado pelos produtores, com impactos significativos no plantio da soja e preocupações crescentes sobre a colheita.

Em Água Boa, o produtor César Giacomolli relatou que as chuvas iniciais, com volumes de até 100 milímetros, atrasaram o início do plantio. Apesar da melhora nas condições climáticas, a umidade trouxe desafios adicionais. “Agora estamos monitorando as lavouras, porque a umidade sempre traz pragas e doenças fúngicas”, explicou.

Fabian Gross, delegado da Aprosoja em Canarana, também destacou os problemas causados pelas chuvas, especialmente em novembro. “Passamos um sufoco na época do plantio. Agora estamos na segunda semana de dezembro e o clima está mais estável, mas o atraso ainda preocupa”, afirmou.

Atrasos no plantio foram registrados em outras cidades da região, como Confresa e Querência. Sávio Barbosa, delegado do núcleo Araguaia-Xingu, ressaltou que a janela de plantio reduzida neste ano pode impactar a colheita. “Estamos preocupados com a chuva na colheita. Ano passado, o plantio começou mais cedo, mas este ano foi concentrado em um período curto”, disse.

Em Querência, o delegado Luis Paulo Anese alertou para possíveis gargalos nos armazéns devido ao excesso de umidade durante a colheita, prevista para fevereiro. “Estamos com medo de um congestionamento nos armazéns. Se as chuvas previstas se confirmarem, teremos problemas na colheita”, enfatizou.

Outro ponto crítico abordado foi a logística. Reginaldo Brunetta, delegado coordenador do núcleo Araguaia-Xingu em Porto Alegre do Norte, destacou que o atraso no plantio acumulou operações em um período curto, pressionando a infraestrutura de armazenamento e transporte. “Isso preocupa muito a logística e o processamento desses grãos nos armazéns”, afirmou.

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