MT e TO iniciam uso de nova tecnologia no controle da brucelose

28.02.2012 | 20:59 (UTC -3)
Fernanda Barros

A pecuária brasileira acelera a modernização tecnológica para aperfeiçoar o controle sanitário e assim ampliar seu acesso aos mercados internacionais. Um novo e importante passo nesse sentido acaba de ser dado com o relançamento da RB-51, primeira vacina contra brucelose aprovada para aplicação em novilhas e vacas adultas.

Nos estados de Mato Grosso e Tocantins os órgãos oficiais de defesa agropecuária iniciaram ações efetivas para ampliar o uso da RB-51 no controle da brucelose bovina.

Essas ações incluem a educação sanitária de veterinários dos serviços oficiais e autônomos, pecuaristas e funcionários das fazendas, em parceria com a MSD Saúde Animal. Segundo o Médico Veterinário e Gerente Técnico da MSD Saúde Animal, Sebastião Faria, a ideia é estimular o produtor rural a revacinar as fêmeas com a RB-51 para proteger mais efetivamente seu rebanho. “Já realizamos treinamento dos veterinários dos serviços de defesa oficiais destes estados. Na sequência, forneceremos material técnico e ampliaremos a iniciativa para todo o país”.

O primeiro desafio é promover a cobertura vacinal das fêmeas não vacinadas com a cepa B-19 entre 2010 e 2011 por falta da vacina no mercado. Em Tocantins a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) para bezerras que não tomaram esta vacina foi condicionada pela Agência de Defesa Agropecuária (ADAPEC), à assinatura de um termo de compromisso, no qual o pecuarista se comprometeu a vacinar essas fêmeas com a RB-51 ou com a cepa B-19, caso ainda estejam dentro da idade limite. “Precisamos demonstrar aos produtores rurais que a RB-51 veio para somar no combate a brucelose”, afirma Faria.

No Mato Grosso, o desafio é melhorar a cobertura vacinal do plantel de novilhas e vacas como principal instrumento de redução da prevalência de brucelose, até o novo inquérito epidemiológico a ser realizado em 2014. O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) pretende instituir Instrução Normativa para tornar obrigatória a vacinação com RB-51 de todas as fêmeas oriundas do estado de Santa Cataria – já que neste estado a vacinação com a cepa B-19 está proibida.

Outro ponto em discussão é a implementação de uma época única para vacinação obrigatória contra a brucelose na região do Pantanal.

A médica veterinária e Responsável pelo programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose *(PNCEBT) no Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA), Jociane Cristina Quixabeira dos Santos acredita que a RB-51 é outra possibilidade de controle da doença. “Por conta dos períodos de cheia do Pantanal muitas fêmeas ficam sem a vacina obrigatória, sendo assim precisamos junto com o Ministério da Agricultura e a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, criar um período de vacinação obrigatório onde todas as fêmeas recebam a proteção”, declara Jociane.

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