Secretaria da Agricultura de Santa Catarina e BB assinam convênios no valor de R$ 155 milhões

27.02.2012 | 20:59 (UTC -3)
Anna Bellani

Nesta segunda-feira (27), a Secretaria de Agricultura e da Pesca do Estado de Santa Catarina e o Banco do Brasil, por meio do secretário João Rodrigues e do superintendente estadual do Banco do Brasil, Reinaldo Kazufumi Yokoyama, assinaram termos de cooperação e protocolo de intenções para beneficiar agricultores catarinenses. O valor total dos convênios chega a cerca de R$ 155 milhões.

Entre os documentos assinados estava o Convênio Operacional para implementação da subvenção estadual ao Seguro Agrícola, que beneficiará produtores de milho, soja, arroz e trigo. O Governo do Estado pagará 50% da parte do prêmio do Seguro que cabe ao produtor pagar. “O apoio do Governo do Estado é fundamental para que os produtores acessem, cada vez mais, o seguro agrícola”, destacou o superintendente de Operações do Grupo Segurador Banco do Brasil Mapfre, Luiz Antônio Digiovani.

Além da subvenção, o Banco do Brasil e o grupo segurador BB Mapfre revisou o produto, melhorando os parâmetros de cobertura e redução dos custos já para a safra 2011/2012, beneficiando cerca de mil produtores, num valor total de R$ 72 milhões no Seguro Agrícola.

Também foi formalizado o Termo Aditivo ao Convênio operacional que manterá os benefícios do Programa Juro Zero Agricultura e Piscicultura. Por meio deste Convênio o Banco do Brasil financia as atividades apoiadas pelo Programa, tais como: pecuária leiteira, fruticultura, cisternas e poços artesianos, que também contribuem diretamente nas ações de combate a seca e estiagem. No Programa Juro Zero, o Governo do Estado reembolsa aos agricultores os juros do financiamento para operações de crédito até R$ 50 mil. Nesta safra, o Programa já beneficiou 225 produtores catarinenses, com reembolso de cerca de R$ 420 mil referentes aos juros pagos.

O último convênio firmado foi o início das contratações do Programa de Desenvolvimento da Pecuária de Corte Catarinense. O Banco do Brasil financia as atividades selecionadas pelo Programa, no âmbito do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), e o Governo do Estado de Santa Catarina reembolsa aos agricultores os juros do financiamento. Os agricultores poderão financiar até R$ 1 milhão para ser pago em até 8 anos, com juros de 5,5% a.a. e até 3 anos de carência. A Secretaria de Estado da Agricultura subvenciona os juros em, no máximo, R$ 80 mil por produtor. “Há muito tempo não tínhamos uma linha de crédito que permitia ao agricultor fazer investimentos em sua pequena, média ou grande propriedade. Com esse programa quem ganha é o produtor rural, e conseqüentemente toda Santa Catarina”, afirmou o superintendente estadual do BB, Reinaldo Yokoyama.

O superintendente ressaltou ainda a importância da agricultura familiar para economia catarinense. “A agricultura familiar é mais que um trabalho, é uma paixão, é uma missão. Compreender bem essa missão faz toda a diferença”, falou Reinaldo.

O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, fez questão de falar sobre a parceria do Governo do Estado com o Governo Federal para incrementar os programas voltados para agricultura. “Queremos aproveitar os programas do Governo Federal para torná-los ainda mais atrativos para os catarinenses, vamos fazer o que é bom ficar ainda melhor”, disse João Rodrigues.

O secretário comentou ainda que nos próximos dias o Governo do Estado deverá assinar o Seguro Agrícola para maçã. "O Governo do Estado apoiará o setor com um subsídio de 50% da parte do prêmio do seguro agrícola da maçã que cabe ao produtor pagar", explicou. Segundo Rodrigues, o beneficio atenderá de 60% a 70% dos pequenos produtores e terá uma cota destinada para cobertura dos pomares.

Na oportunidade, o presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, entregou ao diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Clênio Teribele, e ao secretário João Rodrigues uma pauta de reivindicações do setor para minimizar os problemas enfrentados pelos produtores das regiões afetadas pela estiagem e por vendaval.

As proposições da Fetaesc são a suspensão imediata da cobrança de todas as parcelas dos financiamentos agrícolas vencidas ou vincendas dos agricultores familiares atingidos pela seca e temporais no período da safra 2011/2012; a prorrogação, pelo prazo mínimo de 3 anos, das parcelas dos financiamentos agrícolas dos agricultores familiares atingidos pela estiagem. Por fim, a Fetaesc solicita a nomeação de grupo técnico composto por representantes dos Governos Federal e Estadual, Agentes Financiadores e Representação Oficial dos agricultores para elaborar proposta de viabilidade de pagamento das dívidas e possibilitar sustentabilidade das propriedades dos agricultores familiares nas regiões atingidas por fatores climáticos.

O evento contou ainda com a presença do diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Clênio Teribele; o superintendente de Operações do Grupo Segurador Banco do Brasil Mapfre, Luiz Antônio Digiovani; do presidente da Faesc, José Zeferino Pedroso; do presidente da Fetaesc, José Walter Dresch; do diretor executivo da Fecoagro, Ivan Ramos, e do deputado estadual Mauro de Nadal.

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