MS Safra 2024/25: bom desenvolvimento nas lavouras de soja

A safra de soja 2024/2025 em Mato Grosso do Sul avança com crescimento significativo na área plantada e produtividade. Apesar das boas perspectivas, o cenário é desafiador devido à ocorrência de pragas, doenças e plantas daninhas.

Dados do Projeto Siga-MS apontam aumento de 6,8% na área cultivada em comparação com a safra anterior, atingindo 4,501 milhões de hectares, com uma produção esperada de 13,977 milhões de toneladas.

Condições gerais e problemas fitossanitários

As lavouras do estado estão, em sua maioria, em boas condições, representando 91,7% das áreas monitoradas. No entanto, 6,7% foram classificadas como regulares e 1,6% como ruins, devido à alta infestação de pragas, como percevejos, lagartas e o cascudinho-da-soja.

Plantas daninhas, incluindo capim-amargoso, buva, corda-de-viola e milho tiguera, também têm impactado negativamente o desenvolvimento das lavouras. A resistência dessas plantas a herbicidas agrava a situação e pode comprometer os resultados esperados.

Desenvolvimento regional da soja

• Região Norte: as lavouras estão majoritariamente em estágios iniciais, entre VE e R2, com 94,8% das áreas em boas condições. O destaque negativo é a alta infestação do cascudinho-da-soja e de plantas daninhas como capim-amargoso e milho tiguera.

• Região Nordeste: com 97,1% das áreas em boas condições, a região apresenta poucas ocorrências de pragas e doenças. O estádio fenológico das lavouras varia entre VE e R3, com infestações controladas de percevejo-marrom e antracnose.

• Região Oeste: a região se destaca com 98,2% das áreas em boas condições. As lavouras estão entre VE e R2, e as infestações de vaquinha-da-soja e lagarta-das-folhas têm sido controladas. O manejo de plantas daninhas, como capim-amargoso, permanece como desafio.

• Região Centro: apresentando 95,2% de áreas em boas condições, as lavouras estão em estágios avançados, entre VE e R4. Pragas como percevejo-marrom têm ocorrido em alta incidência, enquanto a cercosporiose surge com intensidade moderada.

• Região Sul: apenas 80% das lavouras estão em boas condições, devido à alta incidência de pragas e ao manejo insuficiente de plantas daninhas. As áreas estão entre VE e R4 e demandam maior atenção ao controle de tripes e percevejo-marrom.

• Região Sudoeste: com 97,4% das áreas classificadas como boas, as lavouras estão em estágios entre VE e R2. Pragas e plantas daninhas apresentam baixa incidência, o que favorece o desenvolvimento da cultura.

• Região Sul-Fronteira: nesta região, apenas 77,2% das áreas estão em boas condições, com alta infestação de percevejo-marrom e capim-amargoso. As lavouras avançam para estágios como R5, mas enfrentam desafios significativos no manejo fitossanitário.

• Região Sudeste: com 90,5% das lavouras em boas condições, a região se encontra entre VE e R3. O controle de pragas e doenças tem sido eficiente, apesar da moderada infestação de capim-amargoso.