MS pode ter corredor sanitário com o Paraguai

29.05.2009 | 20:59 (UTC -3)

O Governo de MS, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), esclarece que estuda a possibilidade de criar um corredor sanitário na Zona de Alta Vigilância (ZAV) na região de fronteira com o o Paraguai.

A consulta sobre a possibilidade de “importação legalizada” de gado em pé da Província do Alto Paraguai para abate no Estado foi feita ao Ministério da Agricultura (MAPA) e também a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Segundo a secretária Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, o MAPA e a OIE autorizaram, ainda extra-oficialmente, a criação do corredor. “Foi autorizada a entrada de 10 mil animais [somente 10 mil] para abate no frigorífico Marfrig, em Porto Murtinho, pois a implantação do corredor sanitário seria em caráter experimental”, informa ela ao esclarecer que a possibilidade ainda precisa ser oficializada, pois “para a importação acontecer de fato deve haver um consenso entre os governos Federal, do Paraguai e do Estado, sendo que o governo paraguaio ainda nem foi comunicado oficialmente”.

Ainda segundo Tereza, “a preocupação existe não só com relação aos produtores, mas também com a indústria e os empregados, a final são 400 pessoas em um município onde a situação já é sensível. Agora, não acredito que essa abertura possa trazer reflexos negativos a economia estadual, pois uma unidade frigorífica sozinha não tem capacidade de impor preço ao mercado”, sugere ela explicando que a “importação legal” traria maior segurança, pois assim poderemos acompanhar todo o processo. “Caso a parceria bilateral ocorra após o período experimental, isso será discutido em uma mesa de modo consensual”, reintera a Secretária.

Porém, ao contrário de algumas notícias veiculadas com relação ao assunto, a Superintendência Federal da Agricultura no Estado (SFA/MS) informou que até o momento não existe nenhuma solicitação oficial de importação de gado do país vizinho. Contudo, ainda que sem um comunicado oficial do MAPA, a SFA/MS esclarece que se houver tal demanda, a mesma transcorrerá normalmente, pois conforme explica o superintendente federal Orlando Baez, “o status sanitário de Mato Grosso do Sul e do Paraguai é o mesmo: ambos são livres da febre aftosa com vacinação”.

Baez esclarece ainda que não deve existir preocupação sanitária com uma possível comercialização de bovinos oriundos do Paraguai, pois a mesma, caso ocorra, deve obedecer um protocolo federal com procedimentos legais de importação onde questões como sanidade e tributos, por exemplo, são prioridades. “Todo o procedimento é acompanhado por fiscais federais e estaduais, desde o manejo para o embarque, transporte e desembarque final”, esclarece Baez ao indicar ainda que, nesse caso, um corredor sanitário é traçado para dar maior segurança ao processo.

Cristiane Sandim

Assessoria de Imprensa Seprotur

(067) 3318-5053 /

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