Influência do nitrogênio na qualidade do trigo é tema
A 3ª Mostra de Máquinas e Inventos para Agricultura Familiar, que será realizada de 8 a 10 de maio, no Centro de Eventos da Fenadoce, em Pelotas, tem como objetivo resgatar e valorizar inventos e adaptações criados pelos agricultores. Conforme os organizadores da Mostra, o evento pretende socializar o conhecimento entre agricultores, promover a eficiência e diminuir a penosidade do trabalho nas propriedades rurais. A promoção do evento é da Emater/RS-Ascar, Embrapa Clima Temperado e Universidade Federal de Pelotas.
Em crescimento na Zona Sul do Estado, agroindústrias podem encontrar na Mostra alternativas para qualificar a produção artesanal no processamento de carne e vegetais e na elaboração de bebidas. O assistente técnico estadual da Emater/RS-Ascar, Renato Cougo dos Santos, vai palestrar, no sábado (10/05), sobre o tema “Equipamentos para pequenas agroindústrias”. Segundo o técnico, o mercado não é voltado para a produção de máquinas e equipamentos para as agroindústrias familiares e, por isso, os produtores tiveram de usar da criatividade. “A Mostra de Máquinas vai apresentar ideias e o que a pesquisa, ensino e extensão rural tem feito para auxiliar os produtores a partir de suas necessidades”, destaca Santos.
As agroindústrias familiares estão distribuídas de forma homogênea nas regiões do Estado. Dados da Emater/RS-Ascar indicam que existem, aproximadamente, oito mil pequenas agroindústrias familiares no Rio Grande do Sul, sendo dois mil assistidos pela Instituição. O processamento de produtos de origem animal representa 30%, os de origem vegetal, 64%, e as bebidas, apenas 6%. A maior concentração de empreendimentos familiares ocorre em Caxias do Sul, Santa Rosa, Ijuí e Lajeado. Pelotas possui pouco mais de 70 propriedades rurais com agroindústria familiar.
Um dos “produtores-inventores” da Região Sul que participará da Mostra é o agricultor Gilnei Fischer, de Arroio do Padre. Ele criou uma extrusora de biscoito. Segundo o agricultor, a invenção reduziu a penosidade e aumentou a produção. “A gente precisava tocar a máquina manualmente e isso exigia muito esforço, teria que ter uma pessoa tocando a manivela e isso, hoje, é um serviço que o próprio motor faz pela gente”, afirmou Fischer.
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