Bayer inaugura sua primeira loja própria
Trata-se de projeto experimental da companhia para ampliar sua oferta de soluções no terceiro maior polo do agronegócio
O agronegócio brasileiro tem sido objeto de estudos e pesquisas que visam a sua contribuição para a neutralização das emissões de carbono até 2030. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a adoção de técnicas como a Integração Lavoura Pecuária e Floresta nos cultivos de soja e na pecuária pode desempenhar um papel crucial nesse processo.
Nesse contexto, a empresa Morro Verde, que busca se antecipar às demandas do mercado, almeja se tornar a primeira empresa brasileira de fertilizantes carbono neutro até 2025. Conforme informações divulgadas à imprensa, a empresa registra uma pegada de carbono 90% menor em comparação a alternativas de mercado, o que lhe confere vantagem na geração de créditos de carbono e posicionamento diante dos clientes.
Felipe Holzhacker Alves, Presidente do Conselho de Administração da Morro Verde, destaca que a empresa se tornou referência na produção de fertilizantes sustentáveis, voltados para a agricultura de baixo carbono do século 21, e enfatiza o compromisso da empresa com o equilíbrio entre ecossistemas, a regeneração dos solos e a relação entre produção e consumo.
Atualmente, a Morro Verde está em processo de auditoria do seu inventário de carbono, visando gerar os créditos necessários junto a empresas parceiras. Ao mesmo tempo, busca reduzir sua própria pegada de carbono para aumentar a capacidade de descarbonização de seus produtos.
Além disso, a empresa está implementando outras ações importantes, como a transição energética para matrizes sustentáveis. Já foram realizados investimentos em um biodigestor, linhas de distribuição e adequações de instalações elétricas, conectando parte da demanda de sua principal unidade ao Sistema Interligado Nacional. O Conselho de Administração aprovou o investimento para a implantação de uma usina própria de energia renovável, com capacidade de armazenamento de biogás, visando suprir 100% das necessidades energéticas da empresa.
No que diz respeito à mobilidade, a Morro Verde está em negociação com os principais fornecedores para a adaptação de sua frota de caminhões, escavadeiras, pás-carregadeiras e outros equipamentos móveis ao uso de biogás como combustível, demonstrando seu comprometimento com a redução das emissões de carbono em todas as suas operações.
Outro ponto fundamental é o Projeto Córrego do Prata, iniciado pela Morro Verde em 2017. Por meio desse projeto, a empresa realiza a recuperação de áreas degradadas e matas ciliares dos principais rios da região onde atua. Em parceria com o Ministério Público e o Poder Executivo, mais de 45 mil mudas e árvores foram plantadas, auxiliando na regularização ambiental e fundiária de pequenos produtores locais. A empresa planeja ampliar esse programa para novas áreas, com foco na recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP) e na criação de novas áreas protegidas.
Além de cumprir suas obrigações legais e regulamentares, a Morro Verde está realizando levantamentos em seu entorno para identificar áreas de floresta nativa que possam ser utilizadas como corredores ecológicos para a preservação da biodiversidade. Esses projetos serão estruturados de forma a gerar créditos de carbono.
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