Monitoramento de HLB-Greeening para a safra 2024-25 é iniciado no Rio Grande do Sul

Foram instaladas armadilhas adesivas amarelas em 384 pontos, de 76 municípios gaúchos

26.09.2024 | 14:29 (UTC -3)
Elaine Pinto
Foto: Julia Chagas
Foto: Julia Chagas

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi-RS) iniciou em setembro, e conduzirá até março de 2025, o programa de monitoramento da ocorrência de Diaphorina citri, inseto vetor de HLB/Greening, em pomares de citros do Estado. O HLB/Greening é causado pela bactéria Candidatus liberibacter e vem ocasionando grandes perdas na citricultura mundial, mas ainda não foi registrada no Rio Grande do Sul.

Foram instaladas armadilhas adesivas amarelas em 384 pontos, de 76 municípios gaúchos. As armadilhas são verificadas quinzenalmente, com programação de 15 leituras até o final de março. 

“Olhamos as armadilhas com a lupa, para ver se encontramos o inseto: ele tem uma asa bem característica. Se encontramos, a armadilha é enviada para o Laboratório de Diagnóstico Fitossanitário, onde é feita a análise para verificar se esses insetos estão infectados com a bactéria do HLB/Greening”, detalha a chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV/DDV/Seapi), Rita Antochevis.

Em Montenegro, um Termo de Cooperação Técnica com o município proporcionou o treinamento de servidores da prefeitura por técnicos da Seapi, para a identificação do inseto vetor. 

“Também disponibilizamos as armadilhas e, caso encontrem insetos, a Secretaria da Agricultura enviará para o laboratório de diagnóstico. Os dois técnicos da prefeitura fazem o monitoramento em área urbana de Montenegro e nós ficamos com a área rural do município”, explica Rita. São 13 pontos de monitoramento instalados pelos servidores da prefeitura de Montenegro.

Foto: Julia Chagas
Foto: Julia Chagas

O acordo integra o Plano Estadual de Exclusão e Contingência ao HLB/Greening, que pode ter a adesão dos demais municípios. "A ação é no sentido de monitorar os sintomas da doença e o inseto vetor, com o uso de armadilhas adesivas amarelas, tanto em pomares comerciais quanto em viveiros e pomares domésticos. A Seapi treina e orienta os municípios a realizar esta atividade", detalha a chefe da DDSV. A solicitação de parceria pelas secretarias municipais pode ser feita pelo e-mail defesavegetal@agricultura.rs.gov.br.

Monitoramento 2023/2024

No monitoramento da safra passada, a Seapi instalou 199 pontos de amostragem, com análise de mais de 2,5 mil armadilhas adesivas, em 95 propriedades de 42 municípios. A presença do inseto foi detectada em cinco propriedades de três municípios, ou 5,2% da amostragem. Foram capturados 89 insetos para análise da presença da bactéria causadora do HLB/Greening, e todos deram resultado negativo.

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