Monitoramento da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina apresenta resultados positivos

Os principais patógenos do complexo do enfezamento não foram encontrados na primeira avaliação

12.08.2024 | 12:26 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Isabela Schwengber

O primeiro boletim da safra 2024/25 do monitoramento da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina trouxe uma boa notícia para os agricultores. Os principais patógenos do complexo do enfezamento não foram encontrados na primeira avaliação. Esta informação é crucial para a segurança e produtividade das lavouras de milho no estado.

Maria Cristina Canale Rappussi da Silva, pesquisadora da Epagri, destacou que apenas o vírus do mosaico estriado foi detectado em amostras de insetos. Esse vírus, ainda pouco conhecido, foi recentemente associado à cigarrinha-do-milho. A pesquisadora ressaltou que, embora o impacto deste vírus na planta ainda precise ser estudado, ele não deve causar grandes perdas.

Histórico do programa de monitoramento

O programa Monitora Milho SC foi criado em 2021 com o objetivo de monitorar a cigarrinha-do-milho e os patógenos associados nas lavouras catarinenses. O programa é uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-Milho e Patógenos Associados, composto por diversas instituições, incluindo Epagri, Udesc, Cidasc e outras.

Maria Cristina explicou que o monitoramento visa informar produtores, cooperativas e técnicos sobre a situação da cigarrinha-do-milho e a infectividade natural desses insetos. O objetivo não é emitir avisos ou recomendações de aplicação, mas sim fornecer informações para que os produtores fiquem alertas.

Detalhes do monitoramento

O monitoramento da safra 2024/25 incluirá 40 boletins semanais, cobrindo 60 lavouras de milho em Santa Catarina. O primeiro boletim relatou uma baixa incidência de cigarrinha nas áreas avaliadas, possivelmente devido ao período de inverno, que pode ter ajudado a reduzir a população do inseto.

Maria Cristina também mencionou o bom manejo do milho tiguera, plantas que crescem espontaneamente durante a entressafra. Essas plantas podem abrigar cigarrinhas infectadas, comprometendo a próxima safra. A baixa presença do inseto nas lavouras é um indicativo de que os produtores estão realizando um bom manejo dessas plantas.

O monitoramento continuará durante a safra e a safrinha, com a participação ativa de Epagri, Cidasc e Udesc, que contribuem com análises de infectividade e apoio científico.

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